Cientistas brasileiros encontram evidências de que o uso de medicamentos para depressão alivia os distúrbios de memória provocados pelo mal de Alzheimer
Cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) constataram que a proteína beta-amiloide, envolvida no Alzheimer, provoca transtornos depressivos. Daí que, segundo a pesquisa feita com ratos, o uso do antidepressivo fluoxetina ajudaria a preservar a memória.
Sérgio Ferreira, pesquisador do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ e coordenador do projeto, trabalha com a hipótese de que a droga tenha efeito anti-inflamatório no cérebro, mas diz que é preciso aprofundar as investigações para comprovação. A ideia, de acordo com ele, é que o medicamento seja usado preventivamente contra o Alzheimer quando for possível diagnosticar esse mal antes de os primeiros problemas com as lembranças aparecerem.
O que a proteína tem a ver com o Mal de Alzheimer?
A proteína beta-amiloide está envolvida no funcionamento das células nervosas. Quando a pessoa tem Mal de Alzheimer, a proteína sofre uma pane e torna-se tóxica, formando placas entre os neurônios.
Essas placas barram a comunicação entre as células nervosas, matando-as. A perda de memória recente é o primeiro sintoma, mas, quando aparece, o processo degenerativo já está bem avançado.