Profissionais da área da saúde que atuam na APAE de Santa Bárbara d’Oeste denunciaram ao SB24Horas o atraso no pagamento do salário referente ao mês de novembro, além do pagamento em atraso da primeira parcela do 13º salário, que, por lei, deveria ter sido depositada até 30 de novembro.
Segundo o relato encaminhado ao portal, a primeira parcela do 13º foi paga apenas em 8 de dezembro, oito dias após o prazo legal. Os trabalhadores afirmam que este é o segundo ano consecutivo em que a instituição não cumpre o período estabelecido pela legislação.
O salário de dezembro, por sua vez, ainda não foi efetuado. Desde o dia 1º, profissionais relatam ter enviado diversas mensagens à administração solicitando esclarecimentos, recebendo sempre a mesma resposta: “Estamos aguardando a liberação de recursos.” Nenhuma previsão oficial de pagamento foi apresentada até o momento.
A denúncia aponta que o problema atinge toda a equipe de saúde da instituição, incluindo fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos e demais profissionais que prestam atendimento na APAE. Um grupo estimado entre 12 e 14 fisioterapeutas estaria “particularmente indignado” com a situação.
Enquanto isso, segundo os relatos, os profissionais da área da educação teriam recebido seus salários e a primeira parcela do 13º dentro do prazo legal, no dia 28 de novembro. Os recibos de pagamento de dezembro já teriam sido emitidos no aplicativo interno, mas os trabalhadores afirmam que não assinaram a documentação, pois não receberam o depósito salarial.
Os profissionais relatam que o estresse financeiro e psicológico vem se acumulando há meses. “As contas não podem ser postergadas. Trabalhamos por necessidade, não por hobby”, afirma um dos colaboradores que procurou o SB24Horas. Eles destacam ainda que a repetição de atrasos — sobretudo em pagamentos obrigatórios — é “desrespeitosa e desumana”.
Diante da ausência de respostas concretas, a equipe informou que já procurou o Ministério Público, buscou orientação com a Federação das APAEs e está incentivando colegas a registrarem denúncias formais no Crefito, com anexação de provas documentais. Os profissionais também mencionam que pretendem encaminhar o caso para outros veículos de imprensa da região, caso a situação persista.
Os trabalhadores afirmam não temer retaliações. “Da mesma forma que nos tratam de forma desleal, agiremos”, disse um dos profissionais, citando que, em outras regiões, investigações sobre supostas irregularidades financeiras em instituições semelhantes já estão em andamento.
Até o fechamento desta matéria, a direção da APAE de Santa Bárbara d’Oeste não respondeu aos questionamentos enviados pela reportagem. O portal mantém aberto o espaço para posicionamento oficial da instituição.
O SB24Horas seguirá acompanhando o caso e atualizará esta matéria assim que novas informações forem disponibilizadas.





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