O prefeito de Americana, Chico Sardelli, anunciou nesta sexta-feira (12) a suspensão do contrato de concessão do estacionamento rotativo (Área Azul) administrado pela Estapar, a partir de 1º de janeiro de 2026. A medida ocorre após a identificação de possíveis irregularidades na execução do serviço, apuradas por uma comissão técnica criada em junho deste ano.
Além da suspensão, a Prefeitura de Americana ingressará ainda nesta sexta-feira com uma ação judicial de produção antecipada de provas, solicitando que as inconsistências encontradas sejam avaliadas por meio de perícia independente.
A investigação interna teve início após a circulação de um vídeo nas redes sociais mostrando um veículo equipado com câmeras circulando pela região central, supostamente realizando fiscalização da Área Azul. A prática é vedada pela cláusula quarta do primeiro aditamento contratual, que proíbe expressamente o uso de veículos para esse fim.
Durante os últimos meses, a comissão analisou relatórios operacionais, imagens da Muralha Digital e outros elementos considerados relevantes. O relatório final aponta robustos indícios de descumprimento contratual, podendo resultar em cobranças indevidas aos usuários e quebra de confiança no serviço prestado.
“Os indícios de irregularidades são muitos, e tudo passou pelo jurídico da Prefeitura. Estamos pedindo à Justiça que produza provas de forma independente, respeitando o devido processo legal, para embasar as decisões que precisaremos tomar. Enquanto isso, o serviço será suspenso a partir de janeiro”, afirmou o prefeito Chico Sardelli.
O chefe de Gabinete, Franco Sardelli, reforçou que o trabalho da comissão foi conduzido de forma técnica. “Foram meses levantando provas contundentes da violação contratual. O relatório foi analisado pelo jurídico, e agora o prefeito determinou a ação judicial e a suspensão do contrato. São medidas necessárias para garantir transparência, proteger os usuários e evitar prejuízos ao erário”, destacou.
A reunião que definiu as medidas contou com a presença dos membros da comissão: Franco Sardelli, o secretário de Obras e Serviços Urbanos, Adriano Alvarenga Camargo Neves; o secretário de Desenvolvimento Econômico, Rafael de Barros; o secretário-adjunto de Trânsito, Marcelo Giongo; e o servidor José Francisco Montezelo. Também acompanharam o processo os vereadores Lucas Leoncine, Leco Soares e Levi Rossi, além do vice-prefeito Odir Demarchi.
Produção de provas
Na ação que será protocolada, o município argumenta que a análise pericial é fundamental para confirmar a extensão das irregularidades e garantir a integridade dos registros digitais que sustentam o processo. A Prefeitura também solicita tutela de urgência, alegando risco de perda, alteração ou supressão de dados essenciais.
Trecho da ação destaca a preocupação com a segurança das informações:
“Existem indícios concretos nos autos de manipulação de dados de informática relativos aos lançamentos realizados. Se essa manipulação pode ocorrer, então é imprescindível determinar a realização de prova pericial sobre os equipamentos, com a máxima urgência, para evitar o perecimento das provas.”
O Portal SB24Horas segue acompanhando o caso e atualizará as informações conforme novos desdobramentos forem divulgados.





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