19 de abril de 2024

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Preço do aluguel no Brasil tem maior aumento desde 1994

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Por outro lado, imóveis comerciais mantiveram a retração, notícia positiva para Microempreendedores Individuais (MEI) e microempresas

 

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou, no dia 30 de março, que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) aumentou em quase 3% no mesmo mês. A taxa é a maior no mês de março desde 1994, que foi o ano da implantação do plano real. O IGP-M é também conhecido como “inflação do aluguel”, pois serve como um dos principais parâmetros de reajuste de grande parte dos contratos de aluguel residencial. Como ele depende muito da situação do dólar e das cotações internacionais de matérias-primas, o número varia de acordo com a alta dessas outras variáveis.

 

Em março de 2020, o IGP-M ficou em 1,24%, e teve um acúmulo de alta em 6,81% nos últimos 12 meses. Em 2021, no entanto, o acúmulo de alta é de 8,26% no ano e 31,10% em 12 meses. Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços, esta alta tem a ver diretamente com os repasses que foram feitos ao longo da cadeia produtiva no ano de 2020, sinal de que as commodities acumulam cerca de 70% de alta nos últimos 12 meses. Quanto ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que é o indicador considerado para a inflação no Brasil, André Braz diz que deve ficar acima da meta de 3,75%, que foi estipulada para 2021.

 

Ainda segundo Braz, a alta veio principalmente por conta do preço dos combustíveis, que encareceram muito desde o ano passado, mas não só por eles. Sem a inclusão do valor dos combustíveis, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) seria em torno de 3%, e não 3,56% como foi contabilizado para março – um alívio muito pequeno comparando os números.

Por outro lado, o preço médio dos imóveis comerciais recuou em 2020 e se manteve estável em janeiro, fechando em R$ 8,13/m²; no acumulado dos últimos 12 meses, a retração foi de 1,32%, o que é ótimo, sobretudo, para os Microempreendedores Individuais (MEI) e as microempresas, que cresceram consideravelmente em 2020 e movimentaram a economia. De acordo com levantamento do FipeZap Comercial, as maiores altas no valor de imóveis comerciais foram nos municípios de Campinas, Curitiba e São Paulo, e as menores foram em Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Florianópolis e Rio de Janeiro. O Rio de Janeiro se destaca como a cidade que teve uma redução nos preços, tanto da venda, quanto da locação de imóveis comerciais.

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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