28 de março de 2024

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Por que o estresse financeiro está acabando com tantos relacionamentos

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O estresse é uma reação normal do corpo. Quando em demasia, no entanto, pode engatilhar uma série de problemas – inclusive conjugais.

 

Quando falamos sobre estresse financeiro, nos referimos ao estado constante de ansiedade, preocupação e fixação relacionado ao medo de não ter dinheiro para cumprir com as suas obrigações, para prover o sustento da família ou pagar as contas gerais.

 

Existem muitas razões possíveis para o estresse financeiro. Entre elas, podemos citar:

  • Descontrole financeiro, que pode estar relacionado ao consumismo, aos gastos maiores do que os rendimentos ou mesmo a um salário abaixo daquilo que é necessário, hoje, para manter uma vida estável;
  • Presença de dívidas, que podem gerar ligações e mensagens constantes e que, por conta disso, mantém o consumidor sempre em estado de alerta. Da mesma forma, as dívidas adiam sonhos, impedem compras e dificultam o acesso ao crédito;
  • Problemas no ambiente de trabalho, com o receio ou a ameaça velada de demissão. Baixo rendimento também pode gerar estresse financeiro, uma vez que o colaborador está sempre com receio de ser dispensado;
  • Inexistência de uma reserva de emergência ou de planos para o futuro além da previdência social (do INSS).

 

Quando submetido a uma ou mais circunstâncias do gênero, o trabalhador tende a se sentir pressionado, nervoso e incapaz. Isso, por sua vez, gera mais medo: se ele não está rendendo, se não está sendo bom o bastante, quanto tempo até que seja convidado a se retirar da empresa?

 

Esses pensamentos devem ser evitados, uma vez que nem sempre correspondem à realidade: muitas vezes, o estado psicológico nos sugere situações que, na verdade, são reflexos das nossas inseguranças. Para que isso seja identificado, é importante consultar um especialista.

Como o estresse financeiro afeta os relacionamentos?

As situações de instabilidade fazem com que fiquemos fora do nosso eixo. Isso, inevitavelmente, gera dificuldades para a organização da vida cotidiana: temos problemas para cumprir os horários, não nos concentramos nas nossas tarefas e, muitas vezes, passamos a reagir sem pensar no impacto das palavras ou ações.

 

Isso gera um número significativo de desentendimentos no campo do trabalho, o que pode intoxicar as relações com colegas, atrapalhar os processos e, então, diminuir a produtividade em um âmbito coletivo. Isso, como sabemos, é uma das coisas que, de fato, podem gerar efeitos profissionais indesejados.

 

Sabe aquela história de que, quanto mais temos medo de perder uma coisa, mais trabalhamos para perdê-la, às vezes em nível inconsciente? O medo de perder o emprego pode nos tornar incapazes de trabalhar como deveríamos, o que aumenta a chance de que sejamos dispensados. É uma roda.

 

Como isso se reflete nas relações privadas? Simples: por mais que tentemos manter os assuntos do escritório dentro do ambiente de trabalho, nem sempre isso acontece. Como passamos muito tempo imersos na rotina e lidando com os desafios laborais, levamos algumas preocupações e cargas conosco para fora da empresa.

 

No caso do estresse financeiro, estamos falando de um estado mental e físico que gera bastante sofrimento, além de oscilações de humor, rompantes de raiva, entre outras coisas. Por razões óbvias, ele não “desliga” quando botamos o pé para fora do trabalho. Ele nos acompanha e, então, afeta as relações dentro de casa também.

Como diminuir o estresse financeiro?

Entender que se trata de um problema é o primeiro passo. Boa parte das pessoas que estão passando por sofrimento mental têm dificuldade de entender aquilo ou de aceitar que precisam de ajuda. A situação é simples, no fim das contas: se não buscarmos opiniões especializadas, dificilmente conseguiremos nos reorganizar.

 

Com a ajuda de um psicólogo, é possível traçar um panorama da vida do paciente e encontrar, dentro da sua narrativa e por meio de suas percepções, os gatilhos para o problema que está instalado.

 

O tratamento varia de acordo com o diagnóstico, já que muitas vezes os quadros de estresse financeiro podem engatilhar outros estados mentais atribulados – os quais, por sua vez, também precisam ser vistos com carinho e atenção.

 

A tendência é que, com o tratamento, o estresse diminua e seja possível, para o indivíduo afetado, manter o controle das emoções no cotidiano. Isso, geralmente, também ajuda a fortalecer os relacionamentos dentro e fora do escritório. Para tal, porém, é preciso esforço, dedicação e consciência do problema.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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