8 de dezembro de 2024

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Pesquisadores descobrem nova espécie de mamífero nas florestas da América do Sul

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O olinguito, como a espécie é chamada, foi confundida com outro animal por mais de 100 anos

AP Photo/Mark Gurney

O olinguito era confundido com outra espécie. Os pesquisadores anunciaram nesta quinta-feira que esse animal do tamanho de um guaxinim pertence, na verdade, a uma nova espécie

 

Pesquisadores norte-americanos anunciaram uma descoberta de uma rara nova espécie de mamífero.

É uma espécie de guaxinim com face de urso, chamado de olinguito.

Um pesquisador da Smithsonian disse que ele vive nas florestas montanhosas do Equador e Colômbia, onde, à noite, salta através das árvores. Ele se alimenta de frutas e pesa em média um quilo.

A descoberta foi anunciada nesta quinta-feira (15).

Um desses olinguitos também viveu no Zoológico Nacional em Washington, mas não foi reconhecido pois foi confundido com um animal parecido.

“A descoberta do olinguito nos mostra que o mundo não está completamente explorado, seus segredos mais básicos ainda não estão revelados”, disse Kristofer Helgen, o curador de mamíferos do Museu Nacional de História Natural de Smithsonian e líder do grupo que anunciou a nova descoberta.

 

“Se os novos carnívoros podem ainda podem ser encontrados, quais outras surpresas ainda nos aguardam? Muitas outras espécies ainda não são conhecidas pela ciência. Documentá-las é o primeiro passo em direção a compreensão da riqueza e diversidade da vida na Terra”

O olinguito é uma espécie de guaxinim com cara de urso. Foto: AP Photo/Mark Gurney

A descoberta de novas espécies de carnívoros não aconteceu da noite para o dia. A pesquisa que descobriu o olinguito ( Bassaricyon neblina ) levou uma década e não era o objetivo original do projeto. O trabalho visava completar o primeiro estudo sobre os olingos, que são espécies de animais carnívoros que vivem nas árvores.

O grupo de pesquisa de Helgen procurava entender como as espécies de olingos são distribuídas na natureza – assunto que permanecia obscuro aos cientistas. Inesperadamente, o exame detalhado das mais de 95% espécies dos museus junto com os testes de DNA somados às informações históricas revelou a existência do olinguito, uma espécie que ainda não tinha sido descrita.

Helgen desconfiou que os olinguitos eram diferentes dos olingos quando ele estava procurando por peles e esqueletos num museu. Ele depois levou um grupo de pesquisadores para a América do Sul, em 2006.

“Quando nós fomos a campo, nós encontramos o olinguito na primeira noite”, disse o co-autor do estudo Roland Kays, do Museu de Ciências Naturais da Carolina do Norte. “Foi quase como se ele estivesse esperando por nós”.

É difícil entender o motivo de olingos e olinguitos terem sido confundidos.

“Se eles têm diferença? São diferentes em praticamente tudo, se olharmos para eles”, disse Kays.

Os olinguitos são menores, têm caudas mais curtas, cara arrendondada, olhos menores e pelos mais escuros na região dos olhos.

O olinguito está documentado cientificamente como membro da famíliaProcyonidae , onde estão os guaxinins, quatis, juparás e olingos. Ele se alimenta basicamente de frutas, mas pode também comer alguns insetos. É um animal solitário, que vive em árvores e tem hábito noturno. As fêmeas geram um bebê a cada vez.

* Com informações da AP

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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