Polarização política se mantém mesmo após quase três anos do fim do governo Bolsonaro
A nova pesquisa realizada pela Big Data entre os dias 2 e 3 de outubro revela que a polarização política entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro continua firme no estado de São Paulo. Os dois líderes seguem com índices de rejeição praticamente empatados, refletindo a forte divisão na opinião pública paulista.
De acordo com o levantamento, 54% dos entrevistados desaprovam o governo Lula, enquanto 42% aprovam. Já o ex-presidente Bolsonaro aparece com 49% de desaprovação e 47% de aprovação. A pesquisa ouviu 1.500 pessoas em todo o estado e tem margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
O atual presidente encara um cenário de alta desaprovação, impulsionado por críticas relacionadas à economia, inflação e segurança pública. Mesmo mantendo apoio entre setores populares, o levantamento indica aumento da insatisfação entre eleitores mais jovens, com maior nível de escolaridade e renda média.
Fora do poder e em prisão domiciliar, Jair Bolsonaro mantém sua influência política e segue com índices significativos de aprovação entre eleitores de perfil mais conservador, especialmente entre homens e pessoas com renda de até cinco salários mínimos. Apesar de enfrentar resistência em alguns segmentos, o ex-presidente demonstra força e potencial para continuar pautando o debate político nacional.
O estudo reforça que, mesmo com o passar dos anos, a política brasileira segue refém da disputa entre Lula e Bolsonaro. A rejeição mútua entre os dois campos ideológicos ainda impede o surgimento de novas lideranças de expressão capazes de quebrar essa lógica polarizada.
Em São Paulo, essa divisão também se reflete nas intenções de voto para o governo e para o Senado, onde nomes aliados a ambos os líderes continuam dominando o cenário eleitoral.
Com a rejeição praticamente equilibrada entre os dois principais nomes da política brasileira, a pesquisa Big Data confirma: a polarização ainda é o maior desafio para o país e para o eleitor paulista.
Enquanto Lula tenta reverter a desaprovação do seu governo, Bolsonaro aposta na força do seu eleitorado fiel para manter-se relevante — e ambos continuam disputando não apenas votos, mas corações e mentes de um Brasil dividido.
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