28 de março de 2024

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Pelé e Santa Bárbara d´Oeste

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Conheça o material disponível no banco de dados do CEDOC da Fundação Romi sobre Pelé

 

Na última sexta-feira, dia 23 de outubro, o Rei do Futebol, Pelé, completou 80 anos. O Centro de Documentação Histórica-CEDOC da Fundação Romi disponibiliza, em seu banco de dados, materiais ligados ao eterno camisa 10 do Santos Futebol Clube, e Seleção Brasileira, com o município de Santa Bárbara d’Oeste.

O começo de tudo é 1958, ano que a Seleção Brasileira de Futebol conquistou o primeiro título da Copa do Mundo de Futebol. Um dos destaques foi Pelé, com então 17 anos. Nascido em Três Corações, Minas Gerias, cresceu na cidade de Bauru, interior de São Paulo. No município, o prefeito na época junto a alguns munícipes, após a participação do jovem Edson Arantes do Nascimento no grande feito na Suécia,  presenteou o craque com um modelo do Romi-Isetta, primeiro carro de passeio fabricado no Brasil, pela Indústrias Romi de Santa Bárbara d’Oeste. Jornais que noticiaram na época, são encontrados no banco de dados do CEDOC da Fundação Romi.

O CEDOC da Fundação Romi conta em seu acervo com uma  coleção do Romi-Isetta que é de extrema significação para o resgate e preservação da memória da indústria automobilística brasileira, pois, reflete o contexto social, econômico e político em que foi construído o primeiro carro de passeio fabricado em série no Brasil. “No acervo fotográfico, por exemplo, há imagens do Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Brasília, além de personalidades como Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, Odete Lara, Anselmo Duarte, Eva Wilma, entre outros nomes da história brasileira”, explica a coordenadora do Centro de Documentação Histórica da Fundação Romi Sandra Edilene de Souza Barboza.

José Fornos Rodrigues, Pepito Fornos, assessor pessoal do Pelé, conta a surpresa que o Rei de futebol teve ao ver o Romi-Isetta.”O prefeito de Bauru da época, sobrenome Avallone, fez um evento numa praça e colocou numa barraca fechada por lona, o veículo. Pelo tamanho da barraca o Pelé imaginava que seria um carro grande. Quando descerrou a lona, estava o Romi- Isetta daquele tamanho e ele ficou surpreso com o tamanho. Depois, o carro ficou em Bauru sendo usado pelo seu pai, Dondinho”, fala Pepito Fornos.

Outra ligação do Rei Pelé com Santa Bárbara d’Oeste está no futebol. José Candido de Campos, o Brandão, nascido na cidade paulista de Monte Mor e sendo barbarense por adoção e de coração, chegou ao Santos em 1959, atuando até 1964. “O Pelé driblava o segundo jogador, porque o primeiro já tinha ficado”, conta Brandão. “Todos me perguntam como é ter jogado com o Pelé. Ele era rápido, o que você pensava fazer, ele já tinha executado. Tive sorte em jogar com ele e poder conviver no dia a dia. É um grande amigo”, finaliza.

Brandão foi o primeiro da cidade a jogar pela Seleção Brasileira Olímpica, em 1960, na Olimpíada de Roma, na Itália. Foi convocado quando estava no Santos Futebol Clube. No volume 11 do livro “Isto é Santa Bárbara d’Oeste”, autoria do jornalista e historiador esportivo JJ Bellani, disponível no site Do Centro de Documentação Histórica da Fundação Romi,  traz o resumo da carreira de Brandão. “Ele que também defendeu o Grêmio, de Porto Alegre-RS, Ferroviária/Araraquara, passando pelo futebol da Venezuela, onde jogou pelo Deportivo Itália, de Caracas, e que, antes de tudo, jogou pelos times amador e profissional do União Barbarense, clube que o revelou e para o qual retornou em final de carreira (na década de 1970), onde também  foi supervisor de futebol e treinador, tanto do time profissional como em times das categorias de base do alvinegro da Rua 13 de Maio”.

No ano de 1973, o barbarense Carlos de Jesus Euzébio, o Euzébio (in memorian), defendeu o alvinegro praiano formando dupla de ataque com Pelé. Essa tabelinha, Pelé com a camisa 10 e Euzébio com a camisa 9, foi coroada com a conquista do Campeonato Paulista. Brandão foi quem contribuiu para que Euzébio chegasse ao Santos. “Em 1970 retornei ao União Barbarense. Um membro da comissão técnica do Santos, na época, veio olhar o ‘Zébinho’, e eu falei ‘pode levar para fazer teste que ele é bom. Se não for, pode retornar e ficar bravo comigo’. E o Euzébio foi  e brilhou no Santos com o Pelé”, conta Brandão.

Também no volume 11 do livro “Isto é Santa Bárbara d’Oeste”, autoria do jornalista e historiador esportivo JJ Bellani, disponível no site Do Centro de Documentação Histórica da Fundação Romi,  é possível encontrar o resumo da carreira do Euzébio. “Barbarense de nascimento que foi campeão paulista jogando pelo Santos FC (em 1973, quando formou dupla de atacantes com o ‘Rei’ do futebol – Pelé com a camisa 10 e Euzébio com a camisa 9), indo, depois, brilhar por vários anos no futebol do México, inicialmente defendendo o time da Universidad, de Guadalajara, ele que havia começado nas categorias de base da Usina Santa Bárbara, passando pela base da Internacional e depois ter sido revelado pelo União Barbarense, para o qual retornou (em 1986) antes de encerrar sua carreira de jogador e ter iniciado, em seguida, a carreira de técnico, com duas passagens pelo comando unionista no profissional e também tendo dirigido o time de juniores do alvinegro barbarense. É falecido”.

Apesar de Pelé não ter estado em Santa Bárbara d’Oeste, não há registros, a ligação do Rei com o município é de longa data. A história mostra como os encontros aconteceram, seja através do automobilismo ou do futebol. Jornais e fotos sobre o assunto podem ser encontrados no banco de dados do Centro de Documentação Histórica-CEDOC da Fundação Romi, através do site www.fundacaoromi.org.br/cedoc.

 

Sobre o CEDOC

O Centro de Documentação Histórica – CEDOC é um  espaço vivo de preservação da história, que além de resgatar todo o passado histórico de Santa Bárbara d’Oeste e região, atua na guarda, conservação e disponibilização do acervo da Fundação Romi e da Indústrias Romi – com destaque para o acervo do Romi-Isetta. É uma importante fonte de pesquisa para jornalistas, estudantes, entre outras pessoas que buscam informações sobre a região de Santa Bárbara d’Oeste. Realiza projeto de Educação Patrimonial para crianças e adolescentes e Processamento Técnico de todos os documentos recebidos. O acervo disponível para consulta é composto por mais de 300.000 mil documentos. No CEDOC são considerados documentos históricos toda informação registrada independente de forma ou suporte (física ou digital), em função de seu valor informativo, testemunhal, que servirão para conferir autenticidade a algum acontecimento histórico ou utilizado como fonte para pesquisas. O CEDOC está localizado à Avenida João Ometto, 200, Jardim Panambi, em Santa Bárbara d´Oeste. (19) 3499-1558. www.fundacaoromi.org.br/cedoc.

Sobre a Fundação Romi

Seu legado iniciou em 1957, em Santa Bárbara d’Oeste, pelo casal Américo Emílio Romi e Olímpia Gelli Romi. Tendo como missão promover o desenvolvimento social e humano através da educação e cultura, a Fundação Romi é pioneira na promoção da comunidade regional e na realização de ações sociais, beneficiando mais de 30 mil pessoas, por ano, através de seus dois grandes eixos: Educação e Cultura. Mantenedora do Núcleo de Educação Integrada, sua escola de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, oportuniza a formação integral, autônoma e protagonista de crianças, adolescentes e jovens. Promove, por meio de seu Centro de Documentação Histórica, a preservação da história da cidade e região com o processamento técnico da memória do município para guarda, preservação e disponibilização do acervo à população para consulta e pesquisa.  Tem na educação patrimonial, destinada para alunos da educação básica, a disseminação do conhecimento da história local como elemento de cultura e cidadania. Na Estação Cultural de Santa Bárbara d´Oeste que, por meio de oficinas livres, culturais e de formação, projetos de fomento à economia criativa, de elevação do status cultural e de ações socioeducativas atende milhares de pessoas por ano. A Fundação Romi está localizada à Avenida João Ometto, 200, Jardim Panambi, em Santa Bárbara d´Oeste. (19) 3499-1555. www.fundacaoromi.org.br.

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