23 de abril de 2024

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Para comemorar os 64 anos do Romi-Isetta, CEDOC da Fundação Romi realiza LIVE

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Para marcar os 64 anos do primeiro carro de passageiro fabricado em série no Brasil, o Centro de Documentação Histórica – CEDOC da Fundação Romi realiza LIVE “Romi-Isetta 64 anos” no dia 03 de setembro, quinta-feira, às 19 horas. A transmissão será simultânea pela fanpage do Romi-Isetta no Facebook www.facebok.com/RomiIsettaBR e canal do Youtube da Fundação Romi www.youtube.com/FundacaoRomi. O bate papo terá a participação de Eugenio Chiti, filho de Carlos Chiti, co-idealizador da fabricação do Romi-Isetta no Brasil, colecionador de Romi-Isettas e co-administrador da fanpage do Facebook Romi-Isetta Brasil, do superintendente da Fundação Romi Vainer Penatti e da coordenadora do CEDOC da Fundação Romi Sandra Edilene de Souza Barboza.

Durante a LIVE serão compartilhadas histórias e curiosidades sobre o período de fabricação do Romi-Isetta. “Para quem é apaixonado por automóveis, principalmente pela história do Romi-Isetta, não pode perder esta LIVE. A participação do Eugenio Chiti trará um brilho, pois além de colecionador, também foi ele quem ouviu as histórias do Sr. Carlos Chiti. Ele é um grande entusiasta e contribuidor para que a história do Romi-Isetta continue. Estar junto ao Eugênio nessa LIVE, e poder compartilhar a história desse momento de grande importância para a história da indústria automobilística brasileira, é uma grande honra e alegria”, explica o superintendente da Fundação Romi Vainer Penatti. “Nosso Centro de Documentação Histórica preserva e guarda um rico material do Romi-Isetta com fotografias, catálogos, desenhos técnicos. São milhares de documentos que mantém viva a memória do pequeno pioneiro”, conclui.

O CEDOC da Fundação Romi conta em seu acervo com uma  coleção do Romi-Isetta que é de extrema significação para o resgate e preservação da memória da indústria automobilística brasileira, pois, reflete o contexto social, econômico e político em que foi construído o primeiro carro de passeio fabricado em série no Brasil. “No acervo fotográfico, por exemplo, há imagens do Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Brasília, além de personalidades como Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, Odete Lara, Anselmo Duarte, Eva Wilma, entre outros nomes da história brasileira”, explica a coordenadora do Centro de documentação Histórica da Fundação Romi Sandra Edilene de Souza Barboza.

A LIVE “Romi-Isetta 64 anos” acontece dia 03 de setembro, quinta-feira, às 19 horas, com transmissão será simultânea pela fanpage do Facebook www.facebok.com/RomiIsettaBR e canal do Youtube da Fundação Romi www.youtube.com/FundacaoRomi. Durante o bate papo, o público pode interagir através dos comentários das plataformas.

Breve histórico do pequeno pioneiro

O Romi-Isetta, há 64 anos, foi o primeiro carro de passeio fabricado em série no Brasil. De características revolucionárias, compacto e super-econômico, tal como os últimos modelos dos dias atuais, o pequeno notável já fazia 25Km com 1 litro de gasolina. Pela primeira vez, via-se circular pelas ruas um carro que não era montado com componentes importados, mas sim, um automóvel realmente fabricado no Brasil.

Carlos Chiti, idealizador do projeto Romi-Isetta ao lado de Américo Emílio Romi, conheceu na Itália um carro que chamava a atenção de público e da imprensa mundial, o Iso Isetta, e percebeu que aquele conceito inteligente poderia representar uma revolução no mercado brasileiro de automóveis, pois finalmente inauguraria a era da indústria brasileira de automóveis, com carros genuinamente fabricados no país.

Até aquele momento, os automóveis vendidos no Brasil eram importados já prontos ou apenas montados nas operações das multinacionais, num sistema chamado CKD (Complete Knock-Down), ou seja, carros completamente desmontados, cujas peças eram produzidas fora do país e enviadas para serem montadas pelas multinacionais.

“Na verdade, nossa intenção era maior, era convencer a Iso a se associar a nós, investir conosco, montar aqui uma empresa capaz de produzir 50 mil carros por ano. Só que a Iso não tinha recursos: no pós-guerra, as companhias italianas estavam mal de caixa e não podiam investir fora do país, preocupadas em colocar ordem na casa, desarranjada com a guerra. Mas acreditávamos no mercado, no potencial, na marca, e em fabricarmos o primeiro carro brasileiro.” – revelou Carlos Chiti, naquela época.

No dia 30 de junho de 1956, um ano após a assinatura do contrato de direito de licença e aos royalties com a Iso, Emílio Romi, os filhos Giordano, Alvares, Romeu e, Carlos Chiti, vivenciaram o momento histórico: o primeiro exemplar do Romi-Isetta foi, enfim, exibido ao país através de uma transmissão ao vivo pela TV. As câmeras mostraram o carro número um circulando pelo pavilhão da Indústrias Romi, revelando a realidade que já era a indústria brasileira de automóveis. Entretanto, o lançamento oficial do Romi-Isetta ocorreu em dia 5 de setembro de 1956, com a realização de um marco: uma caravana com os primeiros 16 carros produzidos no Brasil, partiram da Rua Marquês de Itu, 133, no centro de São Paulo e passearam pela cidade.

O Romi-Isetta teve uma vida social intensa. Por suas características únicas, despertou o interesse de uma classe particularmente sensível ao novo e à moda: os artistas. O Brasil vivia o apogeu do cinema nacional, a idade de ouro da televisão, e o rádio vivia uma grande fase. Os artistas desses meios detinham grande popularidade, e eram importantes formadores de opinião. E muitos deles se tornaram proprietários de Romi-Isetta.

Suas notáveis características de estabilidade e comportamento levaram o Romi-Isetta às competições esportivas. Em 1954, a Iso inscreveu dois exemplares para participar da conhecida e dura prova italiana chamada Mille Miglia, que atravessava as regiões montanhosas da Itália. A notável média alcançada, de 79 km/h – apenas 6 km/h inferior à velocidade máxima do carro – foi mais elevada que a média obtida pelo vencedor da primeira edição da prova.

Em 1960 novos produtos na efervescente indústria brasileira traziam concorrência e frescor ao crescente mercado consumidor de automóveis. O país já contava, além da Romi, com modelos fabricados pela Vemag, Volkswagen, Simca, Willys, Toyota e FNM, numa indústria que alcançava crescente volume de produção local. Assim, com as evidentes qualidades do Romi-Isetta, ainda atuais, seu ciclo natural de vida se aproximava do fim. Deste modo, o Romi-Isetta teria sua produção planejada para até o início de 1961, com a formação de estoques suficientes para comercialização do modelo até o fim daquele ano. No dia 13 de abril de 1961, o último Romi-Isetta – um exemplar branco e amarelo-limão – deixou a linha de montagem.

Carlos Chiti fez, em 2006, uma panorâmica radiografando a experiência com o Romi-Isetta: “Tínhamos razão quando quisemos entrar na produção de automóveis, pensando num carro de modestas proporções e reduzido consumo de combustível. O que se vê hoje senão carros mais compactos e uma preocupação cada vez maior com a questão da gasolina, do petróleo, da busca de soluções alternativas? Cinquenta anos atrás, estávamos avançando no tempo.” O Romi-Isetta, afinal, entrava para a história brasileira como pioneiro de uma indústria que, em 1961, já havia redesenhado a paisagem brasileira.

Sobre o CEDOC

O Centro de Documentação Histórica – CEDOC é um  espaço vivo de preservação da história, que além de resgatar todo o passado histórico de Santa Bárbara d’Oeste e região, atua na guarda, conservação e disponibilização do acervo da Fundação Romi e da Indústrias Romi – com destaque para o acervo do Romi-Isetta. É uma importante fonte de pesquisa para jornalistas, estudantes, entre outras pessoas que buscam informações sobre a região de Santa Bárbara d’Oeste. Realiza projeto de Educação Patrimonial para crianças e adolescentes e Processamento Técnico de todos os documentos recebidos. O acervo disponível para consulta é composto por mais de 300.000 mil documentos. No CEDOC são considerados documentos históricos toda informação registrada independente de forma ou suporte (física ou digital), em função de seu valor informativo, testemunhal, que servirão para conferir autenticidade a algum acontecimento histórico ou utilizado como fonte para pesquisas. O CEDOC está localizado à Avenida João Ometto, 200, Jardim Panambi, em Santa Bárbara d´Oeste. (19) 3499-1558. www.fundacaoromi.org.br/cedoc.

Sobre a Fundação Romi

Seu legado iniciou em 1957, em Santa Bárbara d’Oeste, pelo casal Américo Emílio Romi e Olímpia Gelli Romi. Tendo como missão promover o desenvolvimento social e humano através da educação e cultura, a Fundação Romi é pioneira na promoção da comunidade regional e na realização de ações sociais, beneficiando mais de 30 mil pessoas, por ano, através de seus dois grandes eixos: Educação e Cultura. Mantenedora do Núcleo de Educação Integrada, sua escola de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, oportuniza a formação integral, autônoma e protagonista de crianças, adolescentes e jovens. Promove, por meio de seu Centro de Documentação Histórica, a preservação da história da cidade e região com o processamento técnico da memória do município para guarda, preservação e disponibilização do acervo à população para consulta e pesquisa.  Tem na educação patrimonial, destinada para alunos da educação básica, a disseminação do conhecimento da história local como elemento de cultura e cidadania. Na Estação Cultural de Santa Bárbara d´Oeste que, por meio de oficinas livres, culturais e de formação, projetos de fomento à economia criativa, de elevação do status cultural e de ações socioeducativas atende milhares de pessoas por ano. A Fundação Romi está localizada à Avenida João Ometto, 200, Jardim Panambi, em Santa Bárbara d´Oeste. (19) 3499-1555. www.fundacaoromi.org.br.

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