26 de abril de 2024

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Os efeitos da tecnologia no cérebro

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Pesquisa inglesa revela que do GPS tem prejudicado nosso cérebro. Veja como reverter estes danos com exercícios para o cérebro e como usar a tecnologia de maneira positiva 

Não é novidade que o uso das tecnologias está causando prejuízos à nossa capacidade de memorizar e nos concentrar. O que um grupo de pesquisadores ingleses descobriu agora é que quando nós usamos o GPS para nos locomover, é como se “desligássemos” algumas áreas do cérebro.

 

A pesquisa, publicada na revista científica Nature, mostra que quando os voluntários do teste navegavam pela cidade sem a ajuda do dispositivo eletrônico, mantinham um número muito maior de funções cerebrais. Eram registrados picos de atividades quando eles entravam em novas ruas ou se deparavam com várias opções de trajetos.

 

“Quando fazemos as mesmas coisas com frequência ou, neste caso, usamos sempre o GPS para nos locomover, o cérebro entra no ‘piloto automático’, porque conhecemos a atividade e ativamos circuitos já existentes”, comenta Geomacel Carvalho, especialista em ginástica para o cérebro do Método Supera.

 

Ele complementa dizendo que os prejuízos causados ao cérebro pela tecnologia vão muito além do GPS. Nós vivemos um fenômeno que podemos chamar de “efeito Google”, em que temos dificuldades para reter informações na memória, uma vez que elas estão a um clique de distância no celular.

 

Embora a praticidade seja incontestável, na escola, os alunos recorrem cada vez menos à biblioteca para os estudos, no ambiente de trabalho, os profissionais podem se ver perdidos para tomar decisões sem acesso à internet.

 

Além disso, segundo Tony Schwartz, especialista em produtividade e autor do livro “The way we’re working isn’t working” (em tradução livre, “O jeito que estamos trabalhando não está funcionando”), a maioria de nós não consegue administrar de maneira eficaz a sobrecarga de informações com as quais somos bombardeados a todo instante.

 

Porém, considerando que este é um caminho sem volta, para driblar os efeitos negativos da tecnologia, precisamos exercitar o cérebro, ou seja, tirá-lo da zona de conforto com atividades que promovam novidade, variedade e desafio crescente.

 

No Brasil, existe um curso dedicado ao desenvolvimento do cérebro, o Método Supera, que hoje já está presente em 200 unidades espalhadas por todos os estados do país. Para exercitar a mente, são usadas ferramentas como o ábaco (instrumento milenar para cálculos), jogos de tabuleiro, jogos virtuais, dinâmicas em grupo, apostilas com exercícios exclusivos e as neuróbicas (uma espécie de “atividade aeróbica para os neurônios).

 

“O cérebro é como um músculo do corpo que precisa de exercícios para ficar mais forte, por meio de desafios com níveis de dificuldades cada vez maiores para que os resultados apareçam gradativamente”, explica Geomacel.

 

As neuróbicas, uma das ferramentas do curso de ginástica cerebral, podem ser praticadas em casa. Quer exemplos? Escovar os dentes com a mão não dominante, comer de olhos fechados, fazer um trajeto diferente para o trabalho e contar os degraus de uma escada são atividades que estimulam o cérebro e o tiram da zona de conforto.

 

O resultado desta prática é um cérebro mais ativo e turbinado, com mais concentração, memória, raciocínio, criatividade para todas as idades.

 

“Pratico ginástica cerebral desde abril de 2016 e logo consegui perceber os resultados, principalmente em relação a concentração e a velocidade de raciocínio. Com isso, tive mais facilidade para interpretar as questões do vestibular e fiz a prova em menos tempo. Me saí tão bem que fui aprovado em medicina pela SAMP”, conta César Auladino Leite Filho, 16 anos, aluno do SUPERA em Xinguara (PA).

 

Para equilibrar a falta de desafios da rotina padronizada que levamos, a ginástica cerebral é o caminho mais saudável e divertido.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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