2 de julho de 2024

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O que esperar para a economia

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Artigo do especialista em finanças Rogério Araujo

 

O Brasil foi às urnas e escolheu um novo presidente para governar o país a partir de 1º de janeiro. A eleição foi a mais apertada da história do Brasil, o que já era esperado, considerando a polarização que dominou o cenário político nesse pleito. Para alguns, motivos de festa. Para outros, decepção.

Entre os investidores, porém, o clima ainda é de indefinição. Passada a eleição, a expectativa, agora, se volta para a formação da equipe econômica do presidente eleito. Para o mercado financeiro, conhecer em detalhes os planos do governo para a economia é tão importante quanto saber o nome do novo presidente escolhido nas urnas.

O mercado vive em compasso de espera. Aguarda atento sinais sobre a composição dos ministérios, em especial o da economia. Há uma forte expectativa de que o Ministério da Economia seja reorganizado em três pastas – Fazenda, Planejamento e Indústria.

Também espera respostas mais claras sobre a política fiscal e monetária, questões fundamentais para a condução do país, mas que não foram devidamente apresentados na campanha.

Esse desconhecimento explica parte da reação levemente negativa registrada na abertura dos mercados, segunda-feira, logo após o segundo turno. Investidor não gosta de insegurança e o reflexo foi automático.

Várias promessas de melhorias na área econômica foram feitas, incluindo aumento real do salário mínimo, renegociação das dívidas dos consumidores e políticas que fomentem a criação de empregos e a geração de renda.

Atender às demandas existentes e cumprir os compromissos de campanha sem comprometer o equilíbrio fiscal não será uma tarefa fácil. E para isso, o mercado espera que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva tenha ao seu lado uma equipe alinhada tecnicamente e que transmita credibilidade. Manter o controle de gastos e um cenário político de estabilidade serão primordiais para o Brasil voltar a atrair investidores internacionais.

 

Rogério Araujo é gestor e consultor financeiro, especialista em investimentos, líder educacional na Empiricus Investimentos e fundador da Roar Educacional Consultoria

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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