26 de abril de 2024

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O Natal de Jesus é a expansão da Fraternidade Ecumênica

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Fonte: Livro “Crônicas & Entrevistas”, de 2000.

O Natal de Jesus é a expansão da Fraternidade Ecumênica. Esse sentimento, que deve ser constante, pode nos fazer subsistir como seres humanos civilizados. A Solidariedade sem fronteiras resume a proposta que a Legião da Boa Vontade, desde sua fundação, em 1o de janeiro de 1950, vem apresentando ao nosso país e ao mundo. Alguma coisa a mais tem de ser aliada ao ideal de tanta gente boa que deseja ver um “Brasil melhor e uma Humanidade mais feliz”, para que, a certa altura da vida, não se declare desiludida, desesperançada, quase que derrotada. Talvez porque não tenha percebido o alto significado do espírito de Caridade, que é muito mais que um simples ato de socorrer um pedinte, pois se trata de verdadeira estratégia, capaz de fazer sobreviver o ser humano e tudo aquilo que lhe é necessário à vida.

A ambiência do 25 de Dezembro deve ser a da Fraternidade Total, agora, mais do que nunca, imprescindível ao mundo, para que o ser humano de fato se transforme no cidadão planetário, que positivamente saiba defender-se da exploração mundial endêmica.

Não somente o corpo fica enfermo, a sociedade também. Visando contribuir para melhorar esse estado de coisas, erguemos em Brasília, o Templo da Boa Vontade (TBV), que é o Templo do Ecumenismo Irrestrito, ou, ainda, o Templo do Coração, pronto a agasalhar toda e qualquer criatura humana e espiritual, isto é, o Capital de Deus. O Templo da Paz, como também é conhecido, com o Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV, é o monumento mais visitado de Brasília/DF, segundo dados da Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur-DF).

 

Realçamos a necessidade imperiosa de viver-se o Natal Permanente, o Natal diário para a fome (espiritual e física) do povo, que também é diária.

Lei da Solidariedade Universal

Novo Mandamento de Jesus é o denominador comum capaz de, fraternalmente unindo, pacificar os corações. É a Religião da Amizade, do Bom Companheirismo, destacado por João Evangelista, no Apocalipse. É a Lei da Solidariedade Universal, portanto espiritual, moral e social.

Religião é para dirimir conflitos que nascem da intimidade, enquanto egoísta, do ser humano. Asseverou Giuseppe Mazzini (1805-1872), patriota e revolucionário italiano: “A Vida nos foi dada por Deus para que a empreguemos em benefício da Huma­nidade”.

O saudoso fundador da LBV, Alziro Zarur (1914-1979), ensinava que: “O ser humano foi criado de tal forma que só pode ser feliz praticando o Bem”.

Augusto Comte (1798-1857), o filósofo do Positivismo, concluía: “Viver para os outros é não somente a Lei do dever, mas também da felicidade”.

O antropófago alimentar-se com talheres

O ser humano é quem realiza o mundo: se ele estiver espiritualmente mal, a sociedade não poderá encontrar-se bem. É matemático.

Sem a vivência do Amor Fraternal, o ser humano será sempre um desajustado. (…) É resultado da vida antinatural que as multidões levam. Basta ver a estúpida agressão à Natureza, que não cessa… Que é isso, senão suicídio? Nós não somos apenas corpo, mas igualmente Espírito, ao qual pouca atenção a comunidade moderna tem oferecido, por restringir seu conceito a cérebro e mente, resultantes, pois, de ação meramente orgânica, nada mais do que isso. Daí a cultura autofágica que nos ameaça. Alguém já perguntou, analisando o comportamento humano ao longo da História, se é progresso o antropófago alimentar-se utilizando talheres.

Ernst Izgur, pensador espiri­tualista, cita desabafo atualíssimo de um dos maio­res gênios da Renascença, Leonardo da Vinci (1452-1519): “Que civilização é esta em que tudo o que o homem constrói serve para a destruição dele próprio?”.

A grande lição dos 2 mil anos de Cristianismo

Ora, minhas Amigas e minhas Irmãs, meus Amigos e Irmãos, quando há pobreza de Amor, há fartura de ódio. E o resultado disso é a miséria terrena. Rico é aquele que ama.

Se conseguirmos como cidadãos do mundo, nesta época de globalização, finalmente ser mais humildes e generosos, saberemos tirar do Natal de Jesus seu grande ensinamento para todos os dias. Eis a grande lição que fica: é necessário que o Natal de nosso Divino Mestre se multiplique como a expansão da Fraternidade, pois não haverá sobrevivência sem ela.

Profeta Isaías e a poluição da Terra

À mundialização das ambições des­medidas, devemos antepor a da Solidariedade sem fronteiras. Ou não restará ninguém para contar a História. Que o diga o Profeta Isaías, no seu famoso livro, 24:3, 5, 12, 13 e 20:

“3 A terra será de todo devastada e totalmente saqueada, porque o Senhor Deus é quem proferiu esta palavra.

“5 Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores (portanto, não por causa de Deus), porquanto transgridem as leis, violam os estatutos, e quebram a aliança eterna.

“12 Na cidade reina a desolação, e a porta está reduzida a ruínas*1.

“13 Porque será na Terra, no meio destes povos, como o varejar da oliveira, e como o rebuscar, quando está acabada a vindima.

“20 A terra cambaleia como um bêbado, e balanceia como rede de dormir. A sua transgressão pesa sobre ela. Ela cairá e jamais se levantará”.

Significa dizer que o célebre vidente da Escritura Antiga, com acerto de milhares de anos, anteviu a poluição do ar, das terras, das águas, do ser humano, a ruína do ecossistema, o ferimento da camada de ozônio e outras barbaridades causadas pela insensatez dos seres terrestres, fatos que comprovam a atualidade das previsões do Evangelho e do Apocalipse de Jesus, no Novo Testamento.

Não foi sem propósito que o Cristo afirmou: “Passará o Céu, passará a Terra, mas as minhas palavras não passarão”*2 (Boa Nova, segundo Mateus, 24:35).

Verniz de civilidade do moderno troglodita

A ambiência do Natal deve constantemente inspirar a Religião, a Filosofia, a Ciência, a Economia, a Arte, os Esportes e, mais em parti­cular, a Política, enfim, todos os setores da cultura universal.

Não compreender a necessidade de buscar viver, permanentemente, o verdadeiro espírito do 25 de dezembro, numa época de materialismo desagregador, significa possuir, apesar de todo o avanço tecnológico vigente, apenas o verniz de civilidade por cima de uma inconsciência de causar inveja ao mais convicto dos trogloditas.


*1 Nota do autor — Antigamente, as cidades eram cercadas de muros. Tinham portas, que abriam e fechavam, para que o povo entrasse e saísse. Elas eram fechadas à noite e também durante os cercos dos inimigos, quando estes queriam invadi-las. Ora, dizer o Profeta que “a porta está reduzida a ruínas” significa estar a cidade indefesa (no caso, o próprio mundo), por isso nela “reina a desolação”.

*2 Esta passagem do Evangelho de Jesus, segundo Mateus, 24:35, faz parte do Oratório “O Mistério de Deus Revelado”, de autoria de Paiva Netto, com orquestração de Vanderlei Pereira, que já vendeu mais de 500 mil CDs no Brasil.

José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É diretor-presidente da Legião da Boa Vontade (LBV).

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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