25 de abril de 2024

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No mês de aniversário de Santa Bárbara d`Oeste, o CEDOC também comemora seus anos de história.

Inaugurado em 7 de dezembro de 2009, o Centro de Documentação Histórica da Fundação Romi é um espaço vivo de preservação da história, que além de resgatar todo o passado histórico de Santa Bárbara d’Oeste e região, atua na guarda, conservação e disponibilização do acervo da Fundação Romi e da Indústrias Romi – com destaque para o acervo do Romi-Isetta. Seu acervo preserva registros que datam desde o fim de 1850 até os dias atuais.

Com um espaço expositivo vivaz e dinâmico, o CEDOC realiza o projeto de Educação Patrimonial para mais de 8 mil crianças e jovens do Ensino Fundamental e Instituições Assistenciais ao ano. Realiza o Processamento Técnico de todos os documentos recebidos e ainda recebe exposições e palestras, promove visitas monitoradas e técnicas, oficinas de capacitação e experimentação.

Uma das finalidades do CEDOC é propiciar às escolas e instituições assistenciais um espaço de integração pedagógica, através da exploração da história e experimentação de novos temas. O espaço expositivo pontua fases da história barbarense, partindo desde os povos primitivos, passando pela fundadora da cidade, pela cana de açúcar, pelos impactos das imigrações norte-americana e italiana até o desenvolvimento da indústria têxtil e metal-mecânica, o primeiro trator nacional, o primeiro automóvel e pela cidade antiga.

Já o processamento técnico, parte fundamental para existência do CEDOC, é uma atividade de tratamento do acervo documental e consiste em etapas de trabalho que envolve triagem, identificação, catalogação, digitalização, higienização e acondicionamento. É, a partir desse trabalho do CEDOC, que toda a preservação da história local, disponibilização gratuita à população e compartilhamento de saberes com educadores, crianças e jovens é possível. Do acervo, atualmente, estão acessíveis para pesquisa gratuita, via web, mais de 228.597 páginas de jornais, 3.605 documentos textuais, 42.434 fotografias, 21.980 recortes de jornais e 2.621 catálogos. São documentos que datam desde o século XIX até os dias atuais.

Há 6 anos o CEDOC vem salvaguardando o passado histórico de Santa Bárbara d’Oeste e região, mas sua própria história começa antes, como relata Sandra Souza, Historiadora e Coordenadora do CEDOC.

Quando a essência do CEDOC começa e sente-se a necessidade de preservar o passado histórico de Santa Bárbara d’Oeste, da Indústrias Romi e da Fundação Romi?
A essência do CEDOC começa com um anúncio publicado no Jornal D´Oeste, em 7 de junho de 1964, intitulado “História da Cidade”. Nele, o Sr. Alvares Romi fazia um convite à cidade para que doassem à Biblioteca da Indústria Romi, álbuns, fotografias e documentos antigos. Segundo ele, era para que a Fundação Romi tivesse “um roteiro histórico de Santa Bárbara d´Oeste e de seus filhos ilustres”. A partir de então, teve início a guarda do acervo que mais tarde viria a fazer parte do Centro de Documentação Histórica.

O próprio edifício do CEDOC tem uma história particular. Qual é?
O prédio onde o CEDOC está hoje instalado foi construído para abrigar o Centro de Aprendizagem Industrial desenvolvido pela Fundação Romi em parceria com o SENAI – Serviço Nacional da Indústria. Sua construção teve início em 1959 e foi inaugurado em 29 de Junho de 1960. O que poucos conhecem é que o edifício foi projetado pelo arquiteto Lúcio Grinover, importante figura da primeira geração de arquitetos modernistas brasileiros, cuja série de edifícios educacionais e profissionalizantes, ao lado de Roberto José Goulart Tibau, também revolucionou a produção da arquitetura com edificações expressivas e linguagem moderna.

Quando e porque o CEDOC resolveu disponibilizar, gratuitamente, seu acervo para pesquisa?
Em 2003 a Fundação Romi decidiu reestruturar a organização do acervo para, não somente preservar o passado histórico de Santa Bárbara d’Oeste e região, mas também democratizar o acesso e a disseminação dessas informações ao público em geral. Foi então que nasceu o Projeto do Centro de Documentação Histórica – CEDOC. Realizou-se um inventário da documentação existente, a adoção de parâmetros de organização e critérios internacionais de preservação e, estabelecimento de meios e formas de compartilhamento com a comunidade. Em 2004, o projeto foi encaminhado ao Ministério da Cultura para análise e aprovação através da Lei Rouanet. A partir de então, todo o aparato tecnológico do CEDOC foi viabilizado através do apoio da iniciativa privada via de Lei Federal de Incentivo à Cultura. Desde então a Fundação Romi vem garantindo a manutenção do espaço CEDOC e a efetivação de sua missão.

Quando e porque sentiu-se a necessidade de realizar ações para crianças e adolescentes?
Antes mesmo da inauguração do CEDOC a Fundação Romi, sob o comando da Dr. Liu Fat Kam, já vislumbrava que a Educação Patrimonial seria a forma de mediar a relação do público com o espaço expositivo, de modo a resgatar e criar nele um vínculo afetivo com a história da cidade.

Em tempos de tecnologias mobile e baixa preocupação com a preservação da história, como o CEDOC acredita ser possível cativar educadores, crianças e jovens sobre a importância da memória e guarda de seu passado?
O envolvimento afetivo com a história permite uma atenção maior da comunidade, no que diz respeito à sua participação no destino do seu município. Uma postura crítica frente às questões ambientais, o uso de recursos naturais, a contribuição para o desenvolvimento econômico, social e cultural da localidade em que vivem, será cada vez maior quanto melhor conhecerem o histórico da cidade e o que algumas personalidades realizaram, no passado, na construção do que hoje é Santa Bárbara d´Oeste.

O CEDOC inovou em 2015, realizando oficinas de Educação Patrimonial com experimentações e ações interativas. Quais são os planos para os próximos anos?
Além de concretizar o segundo ano do projeto “História Local como elemento de Cultura e Cidadania”, viabilizado através do Convênio Nº 788321/2013 com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), onde crianças, jovens e educadores participam de visitas teatralizadas, oficinas de caça ao tesouro, de artes plásticas e contação de histórias, como forma de estimular a fixação de conteúdo, para 2016 o CEDOC amplia suas ações com atividades extramuros e expande seu atendimento envolvendo também agrupamentos sociais e associações assistenciais.
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO HISTÓRICA

O Centro de Documentação Histórica da Fundação Romi é um espaço vivo de preservação da história, que além de resgatar todo o passado histórico de Santa Bárbara d’Oeste e região, atua na guarda, conservação e disponibilização do acervo da Fundação Romi e da Indústrias Romi – com destaque para o acervo do Romi-Isetta. Além de um espaço expositivo vivaz e dinâmico, o CEDOC realiza o projeto de Educação Patrimonial para crianças e jovens, realiza o Processamento Técnico de todos os documentos recebidos e ainda recebe exposições e palestras, promove visitas monitoradas e técnicas, oficinas de capacitação e experimentação. O CEDOC está localizada na Avenida João Ometto, 118, Jd. Panambi, em Santa Bárbara d´Oeste. (19) 3499-1558. www.fundacaoromi.org.br/cedoc.

FUNDAÇÃO ROMI

Criada em 1957, em Santa Bárbara d’Oeste, pelo casal Américo Emílio Romi e Olímpia Gelli Romi, a Fundação Romi tem como missão promover o desenvolvimento social e humano através da educação e cultura. Pioneira na promoção da comunidade regional e na realização de ações sociais, atende mais de 30 mil pessoas por ano por meio de seus quatro grandes eixos: o Centro de Vivências do Desenvolvimento Infantil (CEDIN), o Núcleo de Educação Integrada (NEI), Centro de Documentação Histórica (CEDOC) e a Estação Cultural (EC). Tendo como apoiadora a Indústrias Romi S.A., instituições governamentais e não governamentais e demais parceiros da iniciativa privada, a Fundação Romi objetiva, continuamente, atingir maior número de beneficiários por meio de suas áreas de atuação, seus programas e projetos. Av. Monte Castelo, 1095, Jd. Primavera – Santa Bárbara d’Oeste, SP. (19) 3499-1555. www.fundacaoromi.org.br.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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