A quinta-feira (14) foi marcada por indignação e frustração para os moradores do Residencial Araçari, empreendimento do programa habitacional da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) em parceria com o Governo do Estado de São Paulo.
De acordo com o corpo diretivo do condomínio, o Departamento de Água e Esgoto (DAE) emitiu uma fatura de aproximadamente R$ 32 mil para o residencial, mas sem realizar a leitura individual dos hidrômetros instalados nas 186 unidades. Apesar de o acesso aos medidores ser amplo e desobstruído, a leitura foi feita apenas no hidrômetro geral da rua, que soma o consumo da área comum e de todas as moradias.
O DAE orientou que o valor fosse rateado igualmente entre os moradores, medida que os representantes consideram injusta. “Cada família tem um consumo diferente. Quem mora sozinho ou com poucas pessoas vai pagar pelo gasto de famílias maiores”, protestou um dos diretores.
O condomínio teme que a cobrança conjunta, sem critério individual, possa levar ao corte no fornecimento de água, prejudicando especialmente idosos, crianças e pessoas com deficiência. Ainda segundo os moradores, o atendimento no DAE se limitou a pedir que aguardassem os protocolos, sem prazo para solução.
Além do impasse com o DAE, os moradores apontam falhas na gestão da CDHU, como boletos inválidos, infiltrações e reparos não realizados, ausência de transparência nos balancetes e falta de orientação adequada para a administração condominial.
A insatisfação já resultou na troca da gestão do condomínio e no envio de denúncias à imprensa. “Esperávamos um programa que cuidasse das famílias, mas o que vivemos é a sensação de sermos deixados de lado. É como uma mãe que abandona o filho pequeno para se divertir”, comparou um representante do residencial.
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