2 de maio de 2024

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Mobilização provoca alterações no ensino médio

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Continuamos lutando pela revogação da reforma do ensino médio, que foi imposta pelo governo Temer em 2016 (sancionada no início de 2017), sem nenhum tipo de debate com a comunidade escolar e com a sociedade, reduzindo a Formação Geral Básica, ampliando a parte diversificada com itinerários formativos descolados dos anseios e necessidades dos estudantes, ampliando educação a distância sem referenciais de qualidade e abrindo caminho para a desprofissionalização, com contratações por notório saber.

Na luta pela revogação, conseguimos que o Ministério da Educação do governo Lula anunciasse que faria mudanças nesse modelo e realizou uma consulta online. Agora, o MEC anuncia que ampliará de 1.800 para 2.400 horas a Formação Geral Básica – com ênfase em disciplinas como português, matemática e história, que juntamente com outras disciplinas tiveram cargas horárias reduzidas ou deixaram de ser obrigatórias a partir do segundo ano.

O MEC Também anuncia que reduzirá a três os itinerários formativos, com referenciais de qualidade e com foco em Linguagens, Matemática e Ciências da Natureza, Linguagens, Matemática e Ciências Humanas e Sociais, e Formação Técnica e Profissional.

São avanços conquistados com a luta nacional, da qual a APEOESP e nosso mandato popular na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo têm participado ativamente. O que queremos, de fato, é que se abra um debate organizado e amplo para que se possa construir democraticamente uma proposta que garanta os direitos educacionais da juventude e o atendimento das necessidades dos filhos e filhas da classe trabalhadora.

 

Existem, para tanto, referenciais importantes, como as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (que foram ignoradas na reforma do ensino médio) e o modelo de excelência que é implementado nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, articulando ensino, pesquisa, tecnologia, esporte, cultura.

Em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas e o secretário estadual da Educação, Renato Feder, ignoram o que ocorre em nível nacional e implementa medidas atabalhoadas que nada resolvem em termos da qualidade necessário

 

Professora Bebel é deputada estadual pelo PT e segunda presidenta da APEOESP

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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