A eliminação do Monterrey diante do Raja Casablanca neste sábado acrescentou mais uma à série de decepções de times mexicanos no Mundial de Clubes.
Foram nove participações em dez edições do torneio, entretanto as equipes do México jamais conseguiram chegar à final.
O melhor desempenho do país na competição foi o terceiro lugar, obtido duas vezes, com o Necaxa, em 2000, no Brasil, e o próprio Monterrey, em 2012, no Japão.
Os mexicanos só não tiveram representantes na disputa de 2005, em que o Saprissa, da Costa Rica, atuou como campeão da Liga dos Campeões da Concacaf e faturou a medalha de bronze.
“É certo que chamam a atenção estes resultados no Mundial de Clubes porque, no nível de seleções, sobretudo juvenis ou nos Jogos Olímpicos, demostramos ser competitivos”, afirmou o técnico do Monterrey, José Guadalupe Cruz, que também fracassou com o Atlante em 2009.
Agora, ao seu time, resta concorrer pela melancólica quinta posição contra o egípcio Al Ahly, quarta-feira.
Amr Abdallah Dalsh/Reuters | ||
Jogadores do Monterrey lamentam derrota diante do Raja Casablanca, em Marrocos |
“Está nos fazendo falta dar esse golpe de autoridade com resultados. Não só jogando bom futebol conseguem-se êxitos. Faz falta eficiência para chegar às finais. Os sul-americanos, por exemplo, têm mais história, mais bagagem”, avaliou.
Treinador do Atlético Mineiro, que enfrentará o Raja Casablanca na semifinal da competição, Cuca admitiu sua surpresa com a derrota do Monterrey.
“Estamos tendo mais experiência em clubes participando da Libertadores, e o objetivo é ser mais competitivo. Está nos custando muito, porém não demoraremos para ter alguma equipe nas finais”, acrescentou Cruz.
Em 2000, o Necaxa superou o badalado Real Madrid nos pênaltis, no Brasil, e ficou com a terceira posição do primeiro Mundial de Clubes organizado pela Fifa.
Na edição seguinte, em 2005, no Japão, os mexicanos se ausentaram. Em 2006, o América terminou no quarto lugar. Na temporada posterior, o Pachuca perdeu para o Étoile du Sahel, da Tunísia, nas quartas de final. Voltou ao torneio em 2008 e foi quarto colocado, assim como o Atlante em 2009.
O Pachuca foi surpreendido pelo Mazembe, do Congo, nas quartas de final de 2010. Nas últimas três competições, o Monterrey representou a Concacaf. Terceiro colocado no ano passado, caiu nas quartas de final diante do Kashiwa Reysol, do Japão, em 2011, e agora, contra o Raja Casablanca.
SURPRESAS
O Mazembe conseguiu interromper a tradição de finais entre europeus e sul-americanos ao bater o Internacional em 2010 e ser vice-campeão contra a Inter de Milão.
Al-Sadd, do Qatar, ficou com a medalha de bronze de 2011.
Na primeira participação de um clube chinês no Mundial de Clubes, o Guangzhou Evergrande já se classificou, neste sábado, para a semifinal contra o Bayern ao superar o Al Ahly.