Fonte: Cláudia Bredarioli, professora de Jornalismo em Ambientes Digitais e Ética Jornalística da ESPM
Na última terça-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva resgatou o programa “Conversa com o presidente” e estreou por meio de live nas redes sociais, para tratar de medidas do governo federal. A estratégia visa ampliar o apoio na internet e, segundo o Palácio da Alvorada, o evento ocorrerá sempre às terças-feiras, mas sem ainda uma definição da periodicidade.
Nessa primeira conversa, o cenário e o formato da entrevista deram uma dinâmica que possibilitou logo de início uma comunicação mais direta do presidente Lula com o público. Isso está no cerne da cultura da convergência, pois cada vez menos as instituições e com as empresas mais, dependentes do poder da grande mídia para fazer circular conteúdos que são de interesse geral da população.
Outro ponto, é uma diferença basilar entre as lives produzidas pelo antigo presidente Bolsonaro e os caminhos que Lula quer dar à informação do governo. Começa pelo formato, a condução do jornalista Marcos Uchôa, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em forma de entrevista, que propicia uma live que flui e com um profissional de credibilidade à frente do processo. E o público almejado é distinto, passando por um processo de intermediação junto às mídias digitais e redes sociais, com narrativa mais pessoal.
A dúvida está em como serão os próximos “Conversa com o presidente”. No formato de agora ou se o presidente optar por um outro modelo e não utilizar o espaço para esclarecer, prover informações e apresentar os caminhos do governo? São pontos que ainda não são claros. Acredito ser muito positivo o que foi apresentado nesse primeiro momento em termos de comunicação. Um caminho em pavimentação, com um potencial enorme desse modelo para a comunicação. É muito mais uma proposta de um diálogo forte e esclarecedor para com o cidadão brasileiro. O que não dá é inferir no erro, atacar e começar a pulverizar um discurso de ódio.
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