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Lula critica tratamento histórico ao Brasil e defende protagonismo brasileiro mundial durante inauguração da GWM em Iracemápolis

Foto: STUDIO I F LTDA

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Durante a inauguração oficial da fábrica da GWM (Great Wall Motor) em Iracemápolis, nesta quinta-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso enfático sobre o papel do Brasil no cenário internacional e a necessidade de maior equilíbrio nas relações entre países do chamado Norte Global e Sul Global.

Lula destacou que, por muito tempo, o Brasil foi tratado como um país de “terceiro mundo” e que sua gestão sempre buscou fortalecer alianças estratégicas com nações em desenvolvimento. “É porque nós estávamos cansados de sermos tratados como um país do terceiro mundo. E a gente queria criar um grupo de países com muita similaridade, que pudesse fazer as trocas entre si crescerem, para que a gente pudesse se sentir respeitado”, afirmou.

Segundo o presidente, o fortalecimento do diálogo entre países emergentes é essencial para superar desigualdades históricas. “O norte era sempre rico e nós éramos sempre pobres. E nós não temos orgulho de ser pobres. Queremos crescer, queremos desenvolver, queremos ter acesso a todas as informações possíveis que a tecnologia nos dá, que a inteligência artificial nos permite”, disse.

BRICS e crítica ao G7

Lula citou a criação e a relevância do BRICS, bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, como alternativa ao domínio econômico dos países desenvolvidos. O presidente também relembrou sua participação em reuniões do G7, destacando que, apesar do convite, o Brasil não tinha voz ativa nas decisões.
“Participava eu, participava a China, participava a Rússia, participava a Arábia Saudita, mas o dado concreto é que nós éramos convidados para uma reunião em que eles já tinham decidido as coisas e nós íamos apenas para tomar um café ou comer a sobremesa”, ironizou.

Críticas aos EUA

Em outro trecho, Lula voltou a criticar a postura dos Estados Unidos em relação ao comércio internacional. Ele relatou que o Brasil chegou a receber uma carta do governo norte-americano informando o aumento de tarifas de importação para produtos brasileiros, passando de 10% para 50%.
“Em 15 anos, os americanos tiveram um superávit de 410 bilhões de dólares com o Brasil. No ano passado, exportamos 40 bilhões e eles exportaram 47 bilhões, o que significa um déficit para nós de 7 bilhões. Portanto, não é verdade que o Brasil seja prejudicial para os Estados Unidos”, reforçou.

 

Momento histórico em Iracemápolis

O discurso foi realizado durante a inauguração da primeira fábrica da GWM nas Américas, que já inicia operações com três modelos confirmados e a promessa de gerar milhares de empregos diretos e indiretos. Além da produção, a montadora anunciou a instalação de um centro de Pesquisa & Desenvolvimento no Brasil.

A solenidade contou com a presença de autoridades federais, estaduais e municipais, além da imprensa nacional e internacional. O Portal SB24Horas foi o único veículo barbarense a acompanhar de perto o evento.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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