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Leilões de imóveis tornam o sonho da casa própria mais acessível

Foto: Freepik

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Modalidade oferece descontos de até 60% sobre valores de mercado e atrai compradores 

 

Com juros altos e financiamentos mais restritivos, os brasileiros buscam alternativas para conquistar a casa própria. Entre as opções que ganham destaque estão os leilões de imóveis, que registram preços até 60% inferiores aos valores do mercado convencional, segundo informações do JusBrasil.

A democratização dos leilões, principalmente com a migração para plataformas on-line, transformou o segmento. O CEO da Zuk, que atua no mercado há quase 20 anos, Henri Zylberstajn destaca que antes “as pessoas precisavam se deslocar e ter custos, sendo que não necessariamente elas conseguiam arrematar os bens desejados”.

Hoje, a realidade é outra: compradores finais respondem por 65% das arrematações, com foco na compra para uso próprio. Quem se interessa em comprar imóveis em leilão em SP encontra oportunidades variadas: os leilões judiciais chegam a promover 300 lotes disponíveis, com valores entre R$ 23 mil e R$ 150 milhões, conforme informações de portais especializados.

Perfil dos compradores muda com digitalização

Enquanto os custos de construção dispararam 80,5% nos últimos oito anos, a renda média dos brasileiros mal acompanhou a inflação, crescendo só 8,6%, segundo dados de portais especializados. Com a combinação entre preços reduzidos, facilidades de pagamento e acesso digital, os leilões se consolidam como alternativa para quem busca sair do aluguel.

A modalidade leilão de imóveis também tem atraído um público diferente do tradicionalmente associado ao setor: os jovens. Muitos deles contam com orçamentos mais limitados e querem evitar o pagamento das taxas de intermediação praticadas no mercado imobiliário tradicional.

As condições oferecidas nos leilões representam outro atrativo importante. Para leilão de imóveis pelo Bradesco e outras instituições, existem possibilidades de financiamento do valor restante após entrada reduzida. “A Caixa Econômica Federal permite entradas de 5% sobre o bem e financiamento do valor restante; mas, claro, isso depende de edital para edital”, explica Zylberstajn, ressalvando que isso depende das condições específicas de cada edital.

O processo também oferece flexibilidade no pagamento. Em casos onde não há lance à vista, é possível apresentar propostas parceladas antes do leilão, com entrada de cerca de 25% e o restante em até 30 parcelas, sujeitas à aprovação judicial.

Cuidados necessários na modalidade

Apesar das vantagens financeiras, especialistas alertam para os riscos envolvidos. A especialista financeira Vanessa Leone, sócia da The Hill Capital, observa que os compradores correm o risco de gastar com possíveis reformas. A recomendação é avaliar cuidadosamente a situação financeira e o perfil familiar antes de optar por essa modalidade.

Zylberstajn enfatiza a importância de ler o edital, documento que detalha as condições do imóvel, possíveis débitos pendentes, responsabilidades sobre pagamentos e até mesmo se há moradores residindo na propriedade. Já especialistas em direito imobiliário acrescentam um alerta para evitar golpes: é fundamental verificar se os sites de leilões são oficiais, terminados em “.com.br”.

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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