Vereador sugere que Semuttran crie canal de comunicação com apenas 3 números, semelhante ao 190 da Polícia Militar, e com atendimento direto.
Três teclas do telefone separam o cidadão de uma reclamação à Prefeitura ou de um pedido de socorro ao Corpo de Bombeiros, à Polícia Militar ou ao Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). A adoção, pela Semuttran (Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes) de um canal de comunicação direto como esses já consagrados é o que sugere o vereador Lair Braga (SD) na indicação 316/2019, encaminhada ao Executivo.
Embora já exista o número de telefone 3401-1111 para denunciar infrações de trânsito à Semuttran, o parlamentar propõe que se abra um novo número, fácil de decorar e com atendimento direto para acolher as reclamações de quem está na rua. “O que estamos pedindo é um número de fácil acesso, assim como existe o 190, da Polícia Militar”, diz Lair Braga.
O vereador quer a certeza de que a denúncia será recebida por uma pessoa treinada para dar resposta rápida a ela. “O serviço da Semuttran até já existe, mas é preciso ligar na central deles e você não sabe com quem está falando, se é algum técnico que pode ajudá-lo a resolver um determinado problema, o que é diferente no caso do 190, em que você sabe que está falando com um policial, ou mesmo o 193, em que você sabe que está falando com alguém do Corpo de Bombeiros.”
“E ainda é diferente de você ligar no 156”, continua o vereador, sobre o telefone mantido pela Prefeitura para contato com a comunidade, “porque no 156 o pedido deverá ser encaminhado à Semuttran, criando uma burocracia, gerando perda de tempo e dificultando ainda mais para a população. Esse trâmite não é o mais adequado nem eficaz, pois a ocorrência pode prescrever e o infrator já ter saído do local.”
Lair Braga destaca que a abertura de um canal direto para as denúncias pode oferecer uma resposta à população que se indigna com as irregularidades de motoristas no trânsito. “O constante desrespeito às leis gera a necessidade de autuações mais ágeis, que comecem a ‘educar’, mesmo que por essas vias, os condutores infratores.”
O vereador observa que um grande número de cidadãos o procuram, em seu gabinete, descontentes com a falta de punição, “principalmente aos que estacionam em vagas para idosos e pessoas com deficiência. “A linha direta não só contribui para lidar com essa situação como é uma tendência, já que existem cidades em que serviços de trânsito já criaram até aplicativos”, completa o parlamentar.