29 de março de 2024

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Laboratórios públicos vão desenvolver heptavalente

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O encontro entre a presidenta Dilma Rousseff e o presidente da França, François Hollande, trouxe avanços também no campo da saúde pública. Os dois mandatários anunciaram, em cerimônia no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (12), um acordo de cooperação técnico-científico para o desenvolvimento da vacina heptavalente.

A vacina terá capacidade de imunizar contra sete doenças – difteria, tétano, coqueluche, Hepatite B, Hib (Haemophilus influenza tipo B), meningite C e poliomielite. Esta combinação tem diversos benefícios, sendo um deles o de reunir, em apenas uma aplicação, vários componentes imunobiológicos. Isto evita que os pais tenham de levar os filhos várias vezes às Unidades Básicas de Saúd, além de melhorar a gestão pública dos materiais utilizados, com economia de seringas, embalagens e armazenamento. A vacina deve ser incluída no calendário básico das crianças no prazo de quatro anos.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destaca a importância do novo imunobiológico para a ampliação da cobertura vacinal, evitando mortes infantis em consequência dessas doenças. “Além do conforto às crianças, por representar uma picada a menos, é uma medida eficiente para reduzir, ainda mais, as taxas de mortalidade infantil”, destaca.

A heptavalente vai substituir três vacinas: a pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo B e Hepatite B), a meningo C conjugada e a pólio injetável. O imunobiológico será desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Instituto Butantan e a Fundação Ezequiel Dias (Fundeb). O Brasil é o único país a liderar esta iniciativa no mundo.

O acordo de assistência técnica foi assinado pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) com a Sanofi Pasteur e reforça os laços estabelecidos entre os dois países em janeiro de 2012, quando foi introduzida a vacina inativada contra a poliomielite (VIP) da Sanofi Pasteur no Programa Nacional de Imunizações. Após a transferência de tecnologia, os três laboratórios públicos vão ter o domínio de toda a cadeia de produção e, consequentemente, os custos de aquisição serão mais competitivos.

Atualmente, o Programa Nacional de Imunizações oferece, gratuitamente, 42 tipos de imunobiológicos utilizados na prevenção ou tratamento de doenças. A cobertura vacinal, nos últimos 10 anos, atingiu em média 95% para a maioria das vacinas do calendário infantil e em campanhas de vacinação.

Fonte: Fabiane Schimidt e Amanda Mendes / Agência Saúde

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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