8 de maio de 2024

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IGMI-R ABECIP: apresenta desaceleração pelo 5° mês consecutivo, mas apresenta resultados acima da inflação

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O IGMI-R/ABECIP desacelerou pelo quinto mês seguido em março, registrando variação de 0,57% (após variar 0,61% em fevereiro). A variação acumulada em 12 meses do índice foi de 14,27%, também mostrando ligeiro arrefecimento quando contrastada com o resultado de fevereiro (14,82%).

Com esse resultado, na perspectiva das variações dos trimestres sobre os trimestres imediatamente anteriores, os preços nominais dos imóveis residenciais nos primeiros três meses de 2023 apresentaram desaceleração em relação ao último trimestre de 2022, tanto para média nacional quanto das dez capitais analisadas pelo IGMI-R/ABECIP. 

Quando consideradas as variações acumuladas em 12 meses, os resultados de oito das dez capitais analisadas mostraram desaceleração, ficando as exceções por conta de Recife e Porto Alegre, sendo que essa última se destaca por apresentar nessa mesma perspectiva um resultado acima da média nacional em março. O gráfico acima mostra que esse desempenho de Porto Alegre foi impulsionado pelas variações nos dois últimos trimestres, onde foram registradas nessa capital elevações acima das de todas as demais.

Essas desacelerações nos preços nominais dos imóveis residenciais não implicam desaceleração dos valores reais em magnitudes semelhantes, na medida em que os diferentes índices de preços na economia brasileira também registram quedas nos resultados acumulados ao longo dos últimos meses. De qualquer forma, a avaliação dos empresários do setor refletida na Sondagem da Construção Civil do IBRE/FGV parece consistente com a continuidade dessa desaceleração. Os primeiros meses de 2023 caracterizam tendências decrescentes para os quesitos Evolução Recente da Atividade nos últimos 3 meses, e Tendência dos Negócios para os próximos 6 meses, como pode ser visto no gráfico abaixo.

Essa tendência aparenta ser corroborada pela avaliação do quesito Demanda Prevista para os próximos 3 meses, que como mostra o gráfico abaixo vem apresentando considerável volatilidade a partir do quarto trimestre de 2022, com variação negativa na última leitura (março de 2023).

Ainda que a divulgação da estratégia de ajuste fiscal intertemporal do atual governo tenha reduzido as incertezas de curto prazo, detalhes de sua implementação, e seus efeitos sobre a dinâmica da política monetária permanecem aspectos fundamentais para as perspectivas do nível de atividades e renda dos trabalhadores nos próximos meses. Nesse cenário, a evolução dos preços reais dos imóveis residenciais no Brasil ao longo desse ano ainda não apresenta uma tendência clara.

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(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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