Ela é uma das principais causas de aborto no primeiro trimestre de gestação. A gravidez anembrionária ocorre quando o óvulo fertilizado é implantado no útero, mas não desenvolve o embrião. Ou seja, o saco gestacional fica vazio – não existe chance de o bebê ser formado.
Até o final do primeiro trimestre, o organismo consegue perceber que não existe embrião crescendo na bolsa e, então, termina a gravidez. Um processo que, por vezes, acontece em poucos dias, quando algumas mulheres ainda não notaram que estão grávidas.
A maior parte dos casos é justificada por uma alteração nos cromossomos que transportam os genes dentro do óvulo ou do espermatozoide. Assim, não há maneira de prevenir a gravidez anembrionária. E qualquer mulher pode ter uma gravidez sem embrião.
Os médicos consideram esta espécie de gestação um evento natural, pois não existem explicações claras para a tal mudança nos cromossomos. Portanto, embora passe pelo abalo emocional, a mulher não deve se culpar pelo defeito ou pelo aborto espontâneo consequente dele.
A ciência chega a definir acontecimento assim como um ‘mero capricho da natureza’, isto é, leva-se em conta somente as chances naturais de um feto se desenvolver, ultrapassados todos os obstáculos para isso.
Em outras palavras, o embrião pode não seguir seu caminho como deveria por erros naturais ou não durante o processo de fertilização. Em certos casos, a junção do óvulo com o espermatozoide simplesmente não é bem-sucedida.
A gestação anembrionária é muito comum; existe certa frequência dela nos hospitais e clínicas, mas raramente alguém sabe exatamente o que significa. Porém, é importante que a mulher saiba do que se trata.
Como identificar a gravidez sem embrião
No começo, parece tudo certo. Tudo indica que é uma gestação normal, sem sangramentos ou dores. Afinal, os hormônios continuam seu trabalho, auxiliando o organismo a ficar pronto para diversas transformações e o parto.
O corpo vai agindo como é esperado em uma gravidez. Um teste durante as primeiras semanas tem geralmente o resultado positivo, já que a placenta está se desenvolvendo e produzindo as substâncias químicas necessárias. Enjoos, cansaço e seios doloridos também são notados.
Até que os sintomas e os níveis de hormônio vão diminuindo, pelo menos na maioria dos casos, ainda que sutilmente. Certeza mesmo do que está acontecendo, só quando a gestante passa pelo ultrassom. Então, é feita a confirmação da ausência de embrião no útero.
Ao visualizar a bolsa amniótica nos primeiros três meses, o médico tem condições de dizer se existe ou não um bebê a caminho. Quando o resultado é favorável, é possível escutar os batimentos cardíacos do feto já nesta idade gestacional.
Conclusão…
A gravidez anembrionária não é uma questão de descuido, maus hábitos, incidentes ou irresponsabilidade da mulher, diferentemente de outros problemas no crescimento do embrião. E não há indícios de que haverá dificuldades em tentar nova gravidez.
É uma espécie de fatalidade que dificilmente se repete, especialmente pelo fato de não haver qualquer motivo real impedido a mulher de gerar uma criança em seu útero.
O problema normalmente acontece uma vez só, mas é recomendado esperar a primeira menstruação depois do aborto para retomar as tentativas. O corpo precisa de um tempo para expulsar todos os resíduos de dentro do útero e se recuperar completamente.
Uma fase importante também para a recuperação emocional, ainda que a futura mamãe tenha consciência de que não teve culpa alguma pela perda.
Apesar do choque ao constatar uma gravidez anembrionária, esta condição que impede o progresso da gestão, a mulher, depois de uma pausa, poderá dar continuidade ao seu projeto maternidade sem problemas.
Saúde! E boa sorte…
Fonte: Mãe.blog