Estudantes da Fatec Osasco durante testes no equipamento no espelho d’água do Memorial da América Latina. Foto: divulgação. Experimento é um dos finalistas da 11ª Feira Tecnológica do Centro Paula Souza. Mostra está no ar até dia 10 de novembro em seu novo formato virtual |
Empenhados em criar uma maneira de evitar a reprodução do mosquito da dengue em fontes com água parada, três alunos da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Osasco encontraram uma solução simples para atacar o problema. Eles desenvolveram um dispositivo que, literalmente, afoga a larva do mosquito.
O Flutuador Autônomo de Controle de Larvas do Aedes Aegypti produz ondulações e bolhas, gerando uma turbulência que impede as larvas de chegarem à superfície da água para respirar. Assim, elas acabam morrendo afogadas. Elaborado pelos estudantes Evandro José de Oliveira, Davidson Santos da Silva e Welton Barreto da Silva, do curso superior tecnológico de Manutenção Industrial, o projeto foi desenvolvido como Trabalho de Conclusão de Curso, orientado pelos professores André Rosa Ferreira e Carlos Alberto de Freitas. Welton explica que o experimento tem um raio de ação de 2,5 metros, que pode ser ampliado conforme a potência da bomba de ar. O equipamento possui ainda um dispositivo ultrassônico, que funciona como repelente para que os mosquitos não depositem ovos na água.
Técnicas imbatíveis “O flutuador utiliza duas técnicas imbatíveis: ele afoga as larvas e assusta os mosquitos”, brinca Welton. Ele conta que o protótipo foi testado no Laboratório de Parasitologia do Instituto Butantan, centro paulista de pesquisa biológica ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, e eliminou mais de 30 larvas em duas horas. Inspirado em um modelo feito por um pesquisador indiano para combater a malária, o dispositivo dos estudantes utiliza energia solar. “No decorrer do dia, a placa fotovoltaica fornece energia para o funcionamento do aparelho e, ao mesmo tempo, carrega uma bateria de lítio, que vai alimentar o flutuador durante a noite”, explica Welton. De acordo com o jovem, um dos diferenciais é o baixo custo do equipamento. “Gastamos cerca de R$ 90 em materiais para o protótipo. Em larga escala, o preço deve chegar a um valor ainda mais acessível e o flutuador poderá ser facilmente utilizado em espaços públicos e particulares que tenham espelhos d’água, fontes, chafarizes e outros locais com acúmulo de água.”
Feira Tecnológica O flutuador é um dos projetos finalistas da 11ª edição da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps). Em novo formato, totalmente virtual, a mostra começou no dia 11 de outubro e segue até 10 de novembro pela internet. “A Feteps é uma ótima oportunidade para dar visibilidade ao projeto em busca de parceiros que ajudem a lançar no mercado um novo produto capaz de salvar vidas”, ressalta o orientador André Rosa Ferreira. Os alunos concorrem na Categoria 6 –Tecnologia Industrial Elétrica e também disputarão os prêmios de melhor vídeo e vencedor da votação popular. Veja o vídeo e o estande do flutuador na Feteps.
Sobre o Centro Paula Souza – Autarquia do Governo do Estado de São Paulo vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, o Centro Paula Souza administra as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e as Escolas Técnicas (Etecs) estaduais, além das classes descentralizadas – unidades que funcionam com um ou mais cursos técnicos, sob a supervisão de uma Etec –, em aproximadamente 300 municípios paulistas. Nas Etecs, o número de matriculados nos Ensinos Médio, Técnico integrado ao Médio e no Ensino Técnico, para os setores Industrial, Agropecuário e de Serviços, ultrapassa 207 mil estudantes. As Fatecs atendem mais de 82 mil alunos nos cursos de graduação tecnológica.
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Fatec Osasco cria flutuador movido a energia solar para combater mosquito da dengue
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