O etarismo, preconceito baseado na idade, é uma forma de discriminação que, muitas vezes, passa despercebida, mas tem impactos profundos na vida de indivíduos mais velhos
Cada vez mais os dados mostram que o envelhecimento da população mundial vem se caracterizando como um fenômeno global e irreversível. Por exemplo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a quantidade de pessoas 60+ poderá chegar a 2 bilhões até 2050. De acordo com os dados, divulgados pelo Jornal da USP, essa quantidade pode ser similar à 20% da população planetária na época.
No Brasil, como em muitos outros países, o número de idosos cresce a cada dia, exigindo uma reavaliação sobre como cuidamos e nos relacionamos com essa parcela da população. Dados do último Censo Demográfico já mostram que o total de pessoas com 65 anos ou mais no país era de 22.169.101, representando 10,9% da população atual e 57,4% a mais quanto pegamos apenas o número de cidadãos dentro dessa faixa etária frente a 2010.
Com isso, surgem diversos desafios para as sociedades lidam no seu dia a dia, dentre eles o etarismo, um mal que ainda precisa ser superado.
O que é etarismo?
Etarismo é a discriminação baseada na idade, podendo manifestar-se de diversas formas, como preconceitos, estereótipos e atitudes negativas em relação a pessoas mais velhas. Essas atitudes podem variar desde piadas e comentários desrespeitosos até à exclusão de oportunidades e à negação de direitos. Podemos encontrá-lo na cultura que glorifica a juventude e desvaloriza o envelhecimento.
Mídias e indústrias de beleza, por exemplo, frequentemente promovem uma visão da velhice como algo a ser evitado a todo custo. Esse desprezo pela idade influencia as atitudes sociais e perpetua a marginalização dos idosos.
Os impactos do etarismo
Em nível individual, os idosos discriminados podem experimentar sentimentos de isolamento, baixa autoestima e depressão. Em nível social, o etarismo contribui para a fragilização dos vínculos familiares e comunitários, além de gerar perdas econômicas significativas.
A importância dos cuidados com os idosos
O cuidado com os idosos é um dever de todos, tanto do Estado quanto da sociedade civil. Garantir uma velhice digna está em oferecer aos idosos assistência social, oportunidades de lazer, participação social e acesso a serviços de saúde de qualidade que, com o cupom Tena, é possível oferecer o melhor dos produtos e serviços de saúde a um preço acessível.
Além disso, é fundamental promover a autonomia e a independência dos idosos, respeitando suas escolhas e necessidades.
O papel da família
A família desempenha um papel fundamental no cuidado dos idosos. É no âmbito familiar que se estabelecem os primeiros vínculos de cuidado e afeto. No entanto, a estrutura familiar tradicional vem sofrendo transformações significativas, o que exige novas formas de organização e de apoio aos cuidadores familiares.
O papel do Estado
O Estado tem a responsabilidade de garantir os direitos dos idosos, através da implementação de políticas públicas que promovam a inclusão social, a proteção contra a violência e a discriminação, e o acesso a serviços essenciais.
É fundamental investir em programas de capacitação de profissionais que atuam na área do envelhecimento, bem como em pesquisas que contribuam para o avanço do conhecimento sobre o tema.
O papel da sociedade civil
A sociedade civil também tem um papel importante a desempenhar na promoção de uma cultura que valorize a experiência e o conhecimento dos idosos. Organizações não governamentais, universidades e empresas podem desenvolver projetos e iniciativas que contribuam para a mudança de mentalidades e a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
Desafios e perspectivas
O combate ao etarismo e a promoção de uma velhice digna são desafios complexos que exigem a atuação de diversos atores sociais.
É preciso mudar a forma como a sociedade enxerga o envelhecimento, valorizando a experiência e o conhecimento dos idosos como um patrimônio a ser preservado.
O envelhecimento é um processo natural e inevitável. No entanto, a forma como vivemos essa etapa da vida depende das escolhas que fazemos como sociedade. Ao combater o etarismo e promover o cuidado integral dos idosos, estamos construindo um futuro mais justo e humano para todos.
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