21 de setembro de 2024

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Estudantes do Colégio Bom Jesus de Lages (SC) desenvolvem curativo com o óleo cicatrizante da arnica da serra, comum na região, e recebem prêmios

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Os alunos foram premiados na Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (Febrace), uma das maiores feiras de iniciação científica do país, em São Paulo

Emanuel Schumacher Pereira e Lucas de Oliveira Woehl, estudantes do Ensino Médio do Colégio Bom Jesus Diocesano, de Lages (SC), descobriram o potencial cicatrizante e antibactericida do óleo da arnica da serra, uma planta comum na região. O objeto de estudo fez parte da pesquisa realizada nas aulas de Iniciação Científica do Colégio. Os alunos também já criaram, em 3D, um curativo em que o óleo da planta poderá ser utilizado na pele após novas pesquisas. A equipe apresentou o projeto na Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (Febrace), em São Paulo, em março, onde foram premiados (veja abaixo).

Os estudantes iniciaram o projeto de Iniciação Científica em 2019, com a pesquisa teórica sobre a planta, recebendo o auxílio inicial da professora orientadora Chayane Cristina de Souza. Por meio da análise fitoquímica, eles descobriram quais compostos da arnica da serra (Senecio oleosus) teriam potencial para cicatrização e para evitar a proliferação de fungos e bactérias na região machucada. A planta é conhecida e utilizada em extrato hidroalcoólico pelas comunidades interioranas para tratamento de hematomas e lesões na pele – a ideia seria comprovar essas hipóteses.

No ano de 2022, o projeto foi aperfeiçoado com a parceria do campus da Universidade Federal de Santa Catarina da cidade de Curitibanos, com a coorientação do professor doutor Cristian Soldi. O professor do Colégio Bom Jesus Diocesano e orientador dos alunos, Daniel Marinho, explicou que no laboratório da faculdade foi possível realizar a análise fitoquímica do óleo essencial das flores e folhas da planta, o que confirmou as hipóteses levantadas na pesquisa. Entre os 35 compostos encontrados, ficou comprovada a presença de componentes que possuem propriedades cicatrizantes, bactericidas, antifúngicas e antineoplásicas ‒ inibem o crescimento de tumores.

Os trabalhos da Iniciação Científica do Colégio Bom Jesus trazem grandes aprendizados aos estudantes, que precisam seguir toda a metodologia de uma pesquisa científica para desenvolver trabalhos de qualidade e de credibilidade. E, como na maior parte delas, o processo de investigação foi desafiador. Lucas conta que a tomada de decisões no início (verificar onde encontrar a planta, o que estudar dela, entre outras) e o rigor da metodologia foram difíceis. “Tínhamos de colher a planta no período e horário certos, para que houvesse o aroma mais forte, o que indica teoricamente maior rendimento de óleo. Depois, tivemos a fase de separação de flores e folhas, a extração dos respectivos óleos”, detalha Lucas. Em seguida, veio a fase da análise fitoquímica e a posterior identificação dos componentes”, relata o estudante.

Emanuel ressalta que um dos objetivos da pesquisa era criar algo inovador. “Não existe no mercado um curativo com princípio bioativo da planta estudada”, observa. Os alunos reiteram que a presença de propriedades curativas, apesar de especulada, nunca havia sido comprovada cientificamente. Para eles, o rigor científico com o auxílio da universidade fechou com chave de ouro a primeira etapa da pesquisa, que comprovou o que eles desejavam. “Agora vamos desenvolver o curativo com o gel cicatrizante tendo como base o modelo em 3D”, afirma Emanuel. A equipe quer dar continuidade às pesquisas não somente com o curativo: a ideia é ir além e separar compostos que tenham poder de tratamento de outras doenças bem como patentear a ideia.

PREMIAÇÕES

Emanuel, Lucas e o professor Daniel receberam premiações na Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (Febrace), realizada em São Paulo no mês de março. Os alunos foram premiados pela Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular (SBBq), pelo Instituto Butantan (Prêmio Inovação Júnior HackScience), pelo Rochester Institute of Technology (de Rochester, nos EUA) – com direito a participação na Genius Olympiad no mês de junho – e ainda ganharam o segundo lugar na categoria “Ciências Biológicas” da Febrace. Já o professor Daniel recebeu a premiação de Melhor Orientador do Estado de SC.

Os estudantes já haviam recebido premiações nas feiras internas do Colégio Bom Jesus (Ficem – Feira de Iniciação Científica do Ensino Médio e Ficef – Feira de Iniciação Científica do Ensino Fundamental).

De acordo com Lucas, o processo para chegar até a Febrace foi bastante trabalhoso, mas gratificante e enriquecedor. “Tivemos de enfrentar muitas etapas para chegar à Febrace como finalistas. Tudo isso demandou dedicação e esforço, mas foi recompensador, pois conseguimos várias premiações que podem abrir portas”, comentou.

Os pesquisadores também frisaram que a premiação nacional faz com que o projeto ganhe visibilidade e chance de continuidade, principalmente por conta do contato feito com grandes instituições científicas, como Butantan e Universidade de São Paulo. “A premiação nacional é um grande impulso para a gente continuar a desenvolver a ideia, fazer a testagem em outros laboratórios e desenvolver o curativo, que é o próximo passo”. Emanuel lembrou ainda que os contatos trouxeram possibilidades para eventos científicos internacionais, o que aumenta ainda mais as chances de industrializar o curativo num futuro próximo.

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