10 de maio de 2024

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Equipe de robótica de escola pública é premiada nos EUA

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“O Brazilian Storm encerrou sua participação na FRC, realizado nos Estados Unidos, com prêmio que valoriza o profissionalismo do time”

 

Há três anos, o Engenheiro Mecânico Leonardo Rosa e o amigo Arthur de Oliveira, Mecânico Montador de Sistemas da Embraer, decidiram montar o projeto na escola estadual Alceu Maynard Araújo, em São José dos Campos (SP). De forma voluntária, eles passaram a ensinar robótica aos estudantes de diversas unidades escolares da cidade. Neste ano a equipe batizada de Brazilian Storm, que nasceu do projeto dos dois amigos, participou pela terceira vez consecutiva de competições nos EUA, sendo patrocinada pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Na primeira participação, em 2017, chegou à final da etapa regional do Sul da Flórida, em West Palm Beach, e foi premiada como melhor equipe novata, o que deu vaga para a etapa mundial em Houston, no Texas. No ano seguinte, mais um prêmio, o Woodie Flowers Award, pelo trabalho de mentoria do time.

O Brazilian Storm encerrou sua participação na First Robotics Competition (FRC), campeonato mundial de robótica para jovens de 14 a 18 anos, realizado nos Estados Unidos, com o prêmio “Gracious Professionalism Award 2019”, que valoriza o profissionalismo do time. Formada por estudantes do ensino médio da rede pública e por mentores da escola estadual Alceu Maynard Araújo de São José dos Campos (SP), a equipe participou das etapas do Arkansas e do Alabama neste ano. O campeonato põe à prova robôs montados por jovens de todas as partes do mundo que formam mais de 4,8 mil agremiações. “Não conseguimos expressar com palavras toda a alegria, emoção e orgulho que estamos sentindo neste momento! Ganhar um prêmio com tamanho significado e que valorizamos tanto, realmente não tem preço! Gratidão define o Brazilian Storm hoje!”, disse Leonardo Rosa.

A competição também é importante para a troca de conhecimentos e o intercâmbio cultural entre os alunos. O Brazilian Storm foi convidado a conhecer a escola Mae Jemison de Huntsville, cidade sede da etapa do Alabama. A instituição auxiliou no transporte do robô brasileiro de Little Rock, no Arkansas, até o local da segunda fase da competição. Na visita, os alunos brasileiros puderam conhecer a estrutura do laboratório da escola que leva o nome da primeira astronauta negra dos EUA a viajar para o espaço. “O colégio está localizado em uma área mais pobre de Huntsville e alguns jovens estão envolvidos em gangues e sofrem com a violência, mas a estrutura aqui é incrível. Há um laboratório de manufatura avançada com impressoras 3D para compostos de ligas metálicas e uma autoclave para o processo de confecção de peças em fibra de carbono, além de centrais de usinagem e um laboratório de cibersegurança”, elogiou Valdênio de Araújo, Analista da Coordenação de Indústria 4.0 da ABDI, que acompanhou a etapa da FRC.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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