25 de abril de 2024

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Entidades debatem alternativas ao crescimento do número de desabrigados em Santa Bárbara d´Oeste

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O aumento da migração de famílias barbarenses para a favela do Zincão, em Americana, assim como o crescimento das ordens de despejo de moradores do Bosque das Árvores e lotação visível dos abrigos em Santa Bárbara d’Oeste foram alguns dos temas debatidos, na tarde desta quarta-feira (25), em reunião na Câmara barbarense. O encontro, promovido pela vereadora Esther Moraes (PL), com o apoio de diversas entidades, tinha como principal assunto a oferta de aluguel social no município.

O aluguel social é um recurso assistencial mensal, destinado a atender, em caráter de urgência, famílias que se encontram sem moradia e em situação de vulnerabilidade social. Em Santa Bárbara d’Oeste, esse subsídio, no valor equivalente a um aluguel popular, é concedido por um ano, com a possibilidade de ser prorrogado por igual período uma única vez. Ao convocar a reunião, Esther queria analisar meios para tornar a disponibilização desse recurso menos engessada e mais abrangente, com a possibilidade de atender mais famílias.

“Em resposta a um requerimento de minha autoria, a Administração apontou que não existia nenhuma família cadastrada à espera do aluguel social e que todas as que se enquadravam no programa estavam sendo atendidas”, afirmou a vereadora, ressaltando que apenas o gabinete dela atende três famílias em situação de vulnerabilidade social, as quais poderiam se beneficiar desse recurso imediatamente.

Também no encontro, representantes da subseção local da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) relataram o aumento na procura por moradores do Bosque das Árvores que já sofreram ordem de despejo devido à falta de pagamento. “Esse residencial surgiu no processo de desfavelização da Zumbi dos Palmares, mas muitas famílias ainda enfrentam enormes dificuldades na obtenção de renda. Por isso, gostaria de saber quais são as políticas públicas adotadas pelo município para auxiliar essas pessoas”, afirmou Esther.

Ainda na reunião, os representantes das diferentes entidades concordaram em participar, junto com a Comissão Permanente de Política Social, de debates sobre a falta de moradias e da necessidade de ampliação do atendimento social em Santa Bárbara d’Oeste. Inicialmente, esse grupo pretende convidar representantes do Poder Executivo barbarense, como das secretarias de Promoção Social, Desenvolvimento Econômico e de Segurança, questionando a existência de estudos sobre o número de famílias em situação de vulnerabilidade social, assim como dos programas existentes para auxiliar essa parcela da população.

Esse grupo de trabalho também deve contar com o apoio de vereadores de Americana, como a professora Juliana (PT), para saber se existe um mapeamento da Administração americanense a respeito dos moradores da favela do Zincão, com o intuito de identificar o número de famílias que deixaram Santa Bárbara d’Oeste e se mudaram para a cidade vizinha.

Além da vereadora Esther, a reunião desta quarta-feira contou com a presença do vereador Kifú (PL), e de representantes do Conselho Municipal de Educação, Cooperativa de Reciclagem Juntos Somos Fortes, Cooperativa de Mulheres Negras Carolina Maria de Jesus, PSOL, OAB, UNEGRO, Associação Carolina Maria de Jesus, Associação de Capoeira Motta, Conselho da Cidadania e Sindicato dos Professores.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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