18 de abril de 2024

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Entenda sobre o recente crescimento do e-commerce no Brasil

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O Brasil não é um país de primeiro mundo, todos sabemos disso, porém, se ainda há muito o que conquistar em termos tecnológicos, o nosso e-commerce já é um dos maiores do mundo e desperta o interesse de várias marcas internacionais.

Hoje, o país já conta com mais de 120 milhões de internautas fluentes, segundo dados levantados pelo próprio IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Embora isso represente apenas metade da população total, os números são consideráveis e superam a soma total de vários países europeus juntos.

Segundo dados da mesma fonte, nos próximos três anos os números devem melhorar ainda mais. E, com um crescimento na casa de quase 40%, a quantia de dinheiro movimentada será a de algo em torno de R$150 bilhões por ano.

Com isso, não é preciso dizer quantas oportunidades as empresas podem encontrar na esfera digital, a qual vai dos sites, marketplaces e plataformas em geral até os mais novos apps, alguns dos quais são criados por startups (empresas jovens e altamente inovadoras).

Os principais benefícios dessa área são os seguintes:

  • Vendas exclusivamente por meios digitais;
  • Redução de custos estruturais;
  • Otimização de processos e demandas rotineiras;
  • Fortalecimento e expansão da marca;
  • Aumento geral dos resultados, etc.

O mais incrível de tudo isso é que não há restrições para a internet, de tal modo que ela pode trazer vantagens para pequenos e novos negócios tanto quanto para as multinacionais mais sólidas. O que de fato existe é a necessidade de saber usá-la e marcar presença seguindo as demandas de cada nicho de mercado.

 

Qual o formato de trabalho que mais cresce?

É sobre o conceito de vendas exclusivamente digitais que repousa o foco do e-commerce. Embora uma empresa possa praticar as duas frentes ao mesmo tempo (ou seja, a do e-commerce e a da loja física), as lojas digitais logo se revelaram um dos modos mais fáceis e rápidos de se iniciar um negócio novo.

Se um empreendedor quer fornecer produtos para um segmento de mercado mais amplo, como o automobilístico, ele pode iniciar aos poucos, comprando apenas algumas peças e gerenciando a empresa enquanto ela cresce.

Assim, pode anunciar cabo bateria automotiva, por exemplo, depois cabo para transmissão, depois outros para arrancador auxiliar e daí por diante, ampliando cada vez mais o portfólio e as oportunidades.

De fato, o microempreendedor é um dos maiores responsáveis pelo crescimento do e-commerce no Brasil, mesmo que tais índices incluam outras modalidades de negócio muito mais amplas e complexas de serem operadas.

Em alguns casos, é possível ir ampliando a lista de produtos aos poucos. Depois dos cabos, por exemplo, entrar com uma linha de suspensão, batente, molas e amortecedor automotivo. Até que o negócio peça um novo formato, com galpão maior, equipe de logística, administração da rotina e das partes contábeis e jurídicas, e daí por diante.

Como atingir a tão sonhada redução de custos?

As possibilidades que a internet abre são gigantes. Se por um lado uma empresa pode iniciar bem pequena e ir crescendo aos poucos, conforme a demanda for aumentando, por outro as empresas que já são grandes podem chegar a enxugar consideravelmente suas operações, graças às vantagens do e-commerce.

Obviamente, é bem difícil que uma loja que vende ou aluga móveis corporativos alto padrão possa vir a abrir mão do seu estabelecimento, do seu showroom, da sua fábrica e de todos os seus espaços físicos.

Seja como for, hoje em dia, o e-commerce moveleiro representa quase 10% das vendas totais da esfera digital e encabeça a lista dos Top 5 segmentos que mais vendem, segundo dados do próprio SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

E o mais interessante é que esse setor se beneficia grandemente das inovações tecnológicas e digitais do mercado, as quais permitem novos designs e modos de fabricar e customizar que eram impensáveis até poucos anos atrás.

A redução de custos e otimização de processo que isso permite é mesmo incrível, e depende em grande medida da internet e do e-commerce como um todo, já que na época dos catálogos impressos as lojas só podiam atuar de maneira regionalizada.

Outro exemplo que se beneficia no mesmo sentido é o próprio setor automotivo, já mencionado acima. De fato, uma oficina de pintura automotiva completa, por exemplo, jamais poderá declinar da sua operação física e presencial.

Ainda assim, a quantidade de insumos, equipamentos, itens, peças e partes que podem ser compradas via e-commerce é enorme. Tanto é assim que algumas oficinas chegam a ser inteiramente equipadas por maquinários comprados a distância, vindos de outros países, tudo graças ao e-commerce.

Um exemplo bem ilustrativo é o de um equipamento de pintura eletrostática. Como se sabe, essa máquina é comercializada mundialmente e conhecida por ser uma das mais eficientes na pintura de superfícies. Inclusive, ela chega a extrapolar o ramo automotivo e servir a outras áreas, como design, arquitetura e indústrias em geral.

Como se dá o fortalecimento das marcas

Outro tópico que mencionamos acima que está intimamente ligado não apenas ao e-commerce, como também ao seu uso para auxiliar a jornada de uma empresa, é o fortalecimento e a expansão de uma marca.

Há várias maneiras de praticar o comércio digital. Geralmente, o próprio termo e-commerce é associado à loja virtual própria, de uma empresa específica. Ao passo que os marketplaces, que são como shoppings ou galerias virtuais, trabalham com a frente das multimarcas.

As plataformas mais conhecidas são as de tipo “varejo eletrônico”, que permitem transações livres B2C (de empresa para consumidor final), e não apenas de tipo B2B (de empresa para empresa).

Seja como for, as soluções de tipo mais nichado também cumprem uma função excepcional no universo industrial e fabril. Ao procurar um lote de dezenas ou centenas de peças de transformador trifásico, por exemplo, certamente uma fábrica teria dificuldades de encontrá-las fora de uma dessas plataformas de soluções industriais.

Com a presença nesse tipo de e-commerce, portanto, o nome de uma empresa pode se fortalecer bastante. O poder de networking que a internet tem é evidente, tanto que as duas palavras se unem por um termo em comum: rede. Também assim, é imensa a quantidade de contratos que surgem graças a essas novas modalidades de negócios.

Já o microempreendedor pode se beneficiar nos dois tipos de e-commerce: tanto com uma loja virtual própria quanto com um marketplace. Além disso, ele também pode entrar, indiscriminadamente, nos varejos multimarcas e nas soluções industriais.

Claro que tal perfil de profissional pode não dispor de um lote muito grande de transformadores, ou de peças específicas de máquinas de pinturas. Mas algumas demandas de nicho (como um nobreak para ar condicionado, que costuma ser consumido pontualmente, em função de manutenção corretiva), poderiam ser facilmente comercializadas em qualquer um desses formatos de negócio.

O futuro da internet e dos negócios

Por fim, é possível falar sobre um aumento geral dos resultados, o qual gira em torno da estratégia de uma empresa simplesmente entrar no e-commerce, ou mesmo ser fundada de modo totalmente voltado para ele.

Esse aumento pode ser tangível, tal como vimos acima, e estar atrelado a números muito objetivos e mensuráveis, como o aumento das vendas em determinado período do ano. Mas ele também pode se intangível, tal como vimos ao falar sobre fortalecimento de marca.

De fato, com o advento dos smartphones, tablets e da portabilidade em geral, o futuro aponta para um predomínio imenso do virtual sobre o físico. Tendência que, obviamente, não se limita aos aspectos comerciais da vida, mas a questões culturais bem mais amplas.

Sendo assim, em alguns casos não se trata nem sequer das vantagens da internet e do e-commerce, mas do fato de que marcar presença na esfera digital se tornou, praticamente, uma obrigação das empresas.

Um dos grandes exemplos está nos motores de busca, como o Google, o Bing e o Yahoo. Hoje, o cliente precisa de uma fonte de alimentação estabilizada, por exemplo, e por mais técnica que essa demanda possa parecer, a primeira coisa que ele faz é abrir um desses portais e lançar a palavra-chave na barra de pesquisa.

O mesmo profissional que faz isso do seu computador no trabalho, ao chegar em casa ou se encaminhar para ela pesquisa o valor de roupas, calçados, celulares, a refeição que ele vai mandar entregar em casa, e tudo o mais, sempre pelos mesmos sites.

Por essas e outras é que é impossível uma empresa querer se fortalecer e expandir de modo sustentável sem considerar a importância do e-commerce nos seus negócios.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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