Transformação digital, outsourcing e estratégias de atração e retenção marcam o futuro do setor
Em 2025, o setor de Recursos Humanos (RH) deve consolidar tendências que combinam tecnologia e gestão de pessoas para criar ambientes corporativos mais inovadores e alinhados às exigências do mercado. Segundo estudo da Gartner, 87% dos gestores concordam que o setor precisa passar por uma transformação contínua para atender às novas necessidades organizacionais que surgem.
A pesquisa, que ouviu 1.400 líderes de RH em 60 países, destacou entre as principais prioridades para o próximo ano: o desenvolvimento de líderes e gestores, a cultura organizacional, a gestão de mudanças e a adoção de tecnologias de RH, como a Inteligência Artificial Generativa (GenAI).
As novas tecnologias prometem transformar as operações no setor a partir de automação de processos, geração de documentos e chatbots. No entanto, 47% dos funcionários que utilizam Inteligência Artificial (IA) relatam dificuldades em alcançar os ganhos de produtividade esperados, o que é considerado um desafio de treinamento e adaptação tecnológica.
Para o sócio-diretor da Conexão Talento, Lucas Biânchiní, o cenário exige uma transformação na forma como a comunicação é abordada. Ele destaca que muitas pessoas ainda encontram dificuldades para se comunicar de maneira assertiva, o que se reflete também na interação com a IA. “É essencial saber formular as perguntas corretamente para obter as melhores respostas da Inteligência Artificial”, destaca.
Ao integrar esta tecnologia às operações, as empresas também podem otimizar o serviço de recrutamento e seleção, assegurando agilidade na triagem de currículos e na identificação de candidatos qualificados. A Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) afirma que mais da metade das organizações (54%) já utilizam ou têm planos de adotar a IA no setor até 2025.
Outsourcing de RH se estabelece como tendência
De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 80% das empresas brasileiras utilizam a terceirização em algum setor ou atividade. Na área de RH, essa realidade não seria diferente: a prática se destaca como uma tendência que deve continuar ganhando força no próximo ano.
Também chamada de outsourcing de RH, a estratégia permite às empresas delegarem funções estratégicas ou operacionais do setor a empresas especializadas. Segundo Biânchiní, um dos benefícios dessa prática é a redução de custos.
Isso acontece porque as empresas não precisam mais contratar diferentes profissionais de RH para atuar na comunicação interna, no desenvolvimento de equipes, no recrutamento e seleção e na cultura organizacional. Com a terceirização, os custos se tornam mais baixos pelo fato de o especialista não ser exclusivo, mas sim atuar em diferentes empresas simultaneamente.
O outsourcing também pode ser uma solução para diminuir a sobrecarga que gestores de RH têm experimentado devido à expansão de suas responsabilidades e escopo de atuação, um desafio identificado por 75% dos profissionais, conforme o levantamento da Gartner
Profissionais estão mais exigentes quanto aos benefícios
Em 2025, os profissionais devem ser ainda mais exigentes quanto aos valores e às condições de trabalho nas empresas. A pesquisa da Gartner revelou que 62% dos candidatos só se inscrevem em vagas que atendem à maioria dos seus requisitos de EVP (Proposta de Valor do Funcionário)
Concomitantemente, um levantamento realizado pelo LinkedIn mostrou que 75% dos candidatos pesquisam detalhes e características das empresas antes de se submeterem a um processo seletivo. Esse comportamento indica que os profissionais estão buscando organizações que não só ofereçam vantagens financeiras interessantes, mas que também tenham valores alinhados aos seus interesses e objetivos.
Nesse contexto, o employer branding (EB) se destaca como uma estratégia para atrair e reter talentos. A construção de uma marca empregadora sólida e positiva passa a ser um diferencial competitivo, pois contribui para consolidar a imagem da empresa como um bom local para trabalhar.
O EB envolve um conjunto de ações e estratégias que buscam destacar a cultura organizacional e os benefícios de forma atrativa. Quando bem executadas, elas podem aumentar o número de inscrições nos processos seletivos, melhorar a qualidade das contratações e reduzir os custos relacionados ao recrutamento.
Para criar um ambiente no qual os candidatos se sintam atraídos a trabalhar na empresa e os funcionários desejem permanecer, Bianchini ressalta que o RH deve avaliar a efetividade dos benefícios oferecidos.
“Às vezes, a empresa oferece benefícios que não são valorizados pela equipe. Nesses casos, é mais vantajoso substituí-los por alternativas que atendam melhor às necessidades e preferências dos colaboradores”, explica.
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