14 de dezembro de 2024

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Emprego formal cresce, mas alta tributação impede que números sejam melhores

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Para especialista, governo precisa expandir política de isenção de impostos para que formalização seja universal e economia cresça

Múcio_fotoMais carteira assinada e menos trabalho informal. Esse é o cenário do mercado de trabalho brasileiro nos últimos anos.  Segundo pesquisa feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), entre 2010 e 2012, o emprego formal aumentou 10,8%, enquanto os postos sem carteira assinada caiu 9%.

O ano de 2013 parece repetir a tendência. Em abril, o número de empregados formais no setor privado aumentou 3,1% na comparação com o mesmo mês de 2012. Ao todo, foram 342 mil novos postos abertos, enquanto o total de trabalhadores sem registro caiu 5,8%.

Para o professor da IBE-FGV e especialista em economia, Múcio Zacharias, a profissionalização das empresas, as políticas de isenção de impostos e a fiscalização são as principais justificativas para esse crescimento. “A formalização é um desejo dos empresários. Mão de obra informal gera problemas de autuação e as companhias não querem isso. A desoneração de impostos, principalmente a do INSS, fez com que o trabalhador formal passasse a ser mais vantajoso. Além disso, a fiscalização está mais abrangente e eficiente com o advento das ferramentas eletrônicas”, aponta.

Segundo o professor, outro fator que contribuiu para um cenário favorável para a formalidade foi a valorização dos funcionários, que passaram a ganhar mais e, com isso, gastar mais e gerar empregos. “Nos últimos três anos, o repasse no salário dos funcionários foi maior que a inflação. Isso representa um ganho real e movimenta a economia”, afirma.

De acordo com Zacharias, o aumento da formalidade é um bom sinal para a economia brasileira, pois propicia que mais indivíduos tenham uma posição definida dentro da sociedade e direitos, como a aposentadoria, garantidos. Para o professor, os números são favoráveis até mesmo para o governo, que passa a arrecadar mais impostos. No entanto, o professor ressalta que ainda há muito para se avançar com relação à tributação.

“Precisamos ampliar os setores com isenção de tributos para a economia crescer. Hoje, vemos uma grande massa de empregados, mas, por outro lado, as empresas nunca estiveram tão endividadas e com a margem de lucro tão baixa. Isso acontece porque as companhias repassam os aumentos requeridos pelos funcionários, mas pagam muitos impostos. Isso é um entrave para a economia”, afirma.

Apesar da redução, segundo a pesquisa, cerca de 10% dos empregados brasileiros ainda não têm registro em carteira.

 

Fonte: Tantas Comunicação

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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