Por Miguel Arruda
Algumas sensações, sentimentos e emoções, compõem um rol que compreendemos o significado, mas não conseguimos expressá-lo com precisão. ‘Felicidade’, faz parte dessa lista.
Como disse o poeta Fausto Nilo, “nem mesmo a palavra mais louca consegue significar felicidade”. Apesar disso é uma das coisas que mais desejamos. Afinal, “ser feliz é tudo que se quer”, afirmou Kledir Ramil.
Com o advento da Psicologia Positiva e o avanço da neurociência, a felicidade começa a ser desvendada e as novas definições nos ajudam a compreender esse tão busca estado de espírito.
Que pese as pesquisas atuais não tenham ainda compreendido todo o mecanismo da felicidade em cada pessoa, os resultados encontrados são animadores e promissores.
Os mais importantes pesquisadores sobre o tema afirmam que a felicidade deve ser vista como a união de duas vertentes: a abordagem do hedonismo, que a vê como a busca do máximo de prazer e uma vida agradável; e a eudaimonia, como um viver em consonância com as potencialidades de cada pessoa. A primeira abordagem aponta para uma gratificação instantânea, a segunda para a algo a longo prazo, a um propósito de vida.
A felicidade não está numa promoção nem no carro novo nem em uma viagem. Essas coisas são positivas e trazem uma excelente sensação. O problema é que essas sensações são momentâneas e assim, naturalmente, queremos o próximo estágio: um novo cargo, um novo carro, uma nova viagem…
A felicidade não é uma posição a se conquistar ou um bem a ser adquirido, e sim um caminho prazeroso. Ao mudar essa lógica, ou seja, a felicidade desvinculada do “sucesso” (carreira, carro, casa, viagem…), dois fenômenos passam a acontecer.
Primeiro: o prazer advindo da conquista passa a ser mais intenso e duradouro. Degustar uma taça de vinho pelo simples prazer e não por necessidade do álcool é simplesmente um momento especial e essa satisfação se repetirá sempre que você se lembrar daquele momento, principalmente, se você estiver acompanhando.
Segundo: o sucesso fica mais fácil de serem atingidos, pois eles deixam de ser um objetivo em si e passam a ser apenas consequência de sua vida prazerosa e com propósito. A felicidade antecede o sucesso.
Ser feliz, de acordo com Ciência, portanto, não é uma consequência das nossas conquistas, pelo contrário. É mais provável que você realize todos os sonhos sendo, antes, feliz.
Miguel Arruda – Escritor, professor, especialista em Desenvolvimento Humano e estudioso da relação entre Felicidade e Trabalho. Coautor da obra best-seller “Gestão das emoções no ambiente corporativo”.
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