17 de abril de 2024

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Dor no ombro é superada apenas por dor lombar

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Condição atinge até 50% da população em geral, segundo dados da Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED)

 

Você cuida bem dos seus ombros? Pois saiba que essa articulação pode sofrer ao longo da vida devido a vícios de postura que são adotados no dia a dia, além de traumas e movimentos repetitivos. Mesmo que você não perceba, há certos movimentos e posturas que podem comprometer a saúde dos seus ombros.

Conforme a idade avança, é muito provável que você sinta dores no ombro por uma série de razões. “A queixa de dores na região os ombros é algo muito comum na prática da fisioterapia”, comenta Walkíria Brunetti, fisioterapeuta especialista em Pilates e RPG.

“A pessoa pode começar a sentir dores em atos simples do dia a dia, como pentear o cabelo, tentar fechar um zíper na parte de trás das costas, pegar algum objeto localizado acima da cabeça. A dor também pode aparecer ao levantar levemente os braços, um pouco acima dos ombros,” cita Walkíria. A dor pode surgir lentamente ou abruptamente. Além disso, pode ser uma dor mais leve ou insuportável”.

Com a ajuda da fisioterapeuta, listamos abaixo as cinco condições mais comuns que podem causar dores nos ombros. Confira.

Manguito rotador
A lesão no manguito rotador corresponde a cerca de 70% dos casos de dor no ombro. O manguito rotador é o nome que se dá a um grupo de músculos e tendões que ajuda a manter os ombros em seu encaixe, bem como permite os movimentos circulares da região.

Entre os principais sintomas estão dor e rigidez no ombro ao levantar o braço acima da cabeça ou quando é preciso estender os braços para a parte posterior do tronco.

“Vale lembrar que problemas no manguito rotador podem estar relacionados ao processo degenerativo próprio do envelhecimento dos tendões. Isso ocorre devido a mudanças na vascularização do manguito ou ainda a alterações metabólicas associadas à idade. Como causas secundárias, podemos citar traumas relacionados a acidentes”, comenta Walkíria.

Ombro congelado
O ombro congelado, cujo termo médico é capsulite adesiva, é outra causa comum de dor nos ombros. Ocorre quando há espessamento e enrijecimento dos tecidos ao redor da articulação do ombro. Geralmente se desenvolve em pessoas de 40 a 60 anos.

Osteoartrite
Embora menos comum do que em outras articulações do corpo humano, a osteoartrite também pode afetar os ombros. Nesses casos, o fator chave é o envelhecimento.

Bursite/ Tendinite
A bursa é uma estrutura que contém o líquido sinovial, responsável por reduzir o atrito entre o músculo e osso. Os tendões e a bursa dos ombros podem inflamar, muitas vezes devido ao
uso excessivo da articulação em movimentos repetitivos ou a fatores anatômicos.

Fraqueza muscular
A má postura, bem como treinos de força indevidos podem enfraquecer os músculos que movimentam a cabeça do úmero e a escápula. Como isso, os movimentos do ombro se tornam ineficientes.

A elevação dos ombros, por exemplo, é uma postura muito comum e que pode causar dores severas na região tanto nos ombros, como na região cervical.

“O estresse é um dos motivos que podem contribuir para elevarmos os ombros, quase sempre sem perceber. Com os ombros elevados, a rotação da cabeça fica mais limitada, podendo comprometer a cervical”, reforça Walkíria.

“Por outro lado, temos os ombros refletidos para a frente do corpo. Isso pode ocorrer, principalmente, quando a pessoa está em uma mesa trabalhando em um computador. É comum inclinar o corpo para frente. Os ombros e a cabeça acabam saindo do eixo correto”, completa.

Em todos os casos, temos uma desorganização da musculatura, da tensão e da força, que compromete os ombros, podendo levar ao encurtamento e ao enfraquecimento da região”, diz a especialista.

Proteja seus ombros
A melhor maneira de prevenir lesões e dores na região dos ombros é fazer alongamentos e exercícios de fortalecimento.

“A fisioterapia pode ser muito importante quando há dor e inflamação. Além de atuar nessas duas condições, o objetivo das sessões é corrigir possíveis vícios de postura para prevenir novas lesões”, comenta Walkíria.

Na alta do paciente, podemos ainda passar alongamentos e exercícios de fortalecimento que podem ser feitos em casa, com adaptações para quem não tem halteres ou instrumentos profissionais. É importante buscar fontes confiáveis caso a pessoa opte por procurar treinos em redes sociais e sites. Em muitos casos, isso pode agravar as lesões.

Alongar os ombros é algo simples e deve ser uma prática diária. Previne lesões, bem como aumenta a flexibilidade. Exercícios para os músculos da região dos ombros são fundamentais para estabilizar a articulação e, claro, para fortalecimento muscular”, encerra Walkíria.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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