26 de abril de 2024

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Doenças e frio: qual a relação?

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“Menino(a), não esqueça de levar a blusa, está frio e você vai ficar doente”. Quantas vezes já não ouvimos essa frase? Mas afinal de contas, ela é verdadeira? Qual a relação entre frio e doenças? É disso que trataremos aqui.

Gripes e resfriados

Mães ficam preocupadas com a exposição ao frio e o possível aparecimento de gripe nos filhos, porém, o frio não causa gripe, nem resfriado, apesar de que no inverno há um aumento de mortalidade na população – pesquisas científicas confirmam isso para temperaturas abaixo de 9,1 °C –, que se relaciona principalmente à:

  • Doenças cardiovasculares em adultos
  • Doenças causadas por vírus, principalmente a gripe
  • Crises de asma e de bronquite, tanto desencadeadas por processos infecciosos quanto pelo tempo frio e pelo aumento dos níveis de poluição ambiental

Nos meses de inverno há maior incidência de gripes e resfriados, não por causa do frio, mas porque este leva as pessoas à ficarem mais tempo em ambientes fechados e mais próximas uma das outras, o que facilita a transmissão de doenças respiratórias.

Nos meses que antecedem o inverno, abril e maio no caso do Brasil, o governo faz campanhas de vacinação para gripe, principalmente para populações mais susceptíveis à doença, ou seja, crianças, idosos, e quem tem doenças crônicas, principalmente cardiovasculares ou respiratórias.

Como prevenir gripes e resfriados

Gripes e resfriados são doenças virais, e para preveni-las a melhor forma é evitar aglomerações, lugares fechados, lavar a mão frequentemente, e tomar vacina.

Bronquite, asma e rinite

Quem tem asma ou bronquite tem mais chances de desenvolver crises nesse período, e isso aumenta a morbidade e a procura por atendimento médico emergencial.

Assim como a asma, crises de rinite também são mais frequentes no inverno, e os sintomas respiratórios dessa doença, como espirros frequentes e sensação de coceira na garganta podem ser facilmente confundidos com o de doenças virais, como gripes e resfriados.

Doenças cardiovasculares

Pesquisas realizadas no Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental, da Universidade de São Paulo (USP), mostram que o incremento dos níveis de particulados, monóxido de carbono e outros poluentes nos meses de inverno está associado ao aumento da mortalidade por fatores cardiovasculares. Além disso, o frio pode causar espasmo de alguns vasos sanguíneos e isso poderia estar associado à maior mortalidade por doenças cardiovasculares.

Problemas cutâneos

O frio também está associado a problemas de pele, principalmente secura e descamação, isso não só pelo fato do ar estar mais seco nos meses de inverno, como também por muitos banharem-se por mais tempo e em temperaturas mais quentes nesse período, o que promove maior secura da pele, gerando maior sensação de prurido e possivelmente descamação.

Além disso, algumas doenças dermatológicas, como a dermatite atópica, podem piorar nos meses de inverno.

Artrose e artrite

Por fim, quem tem doenças reumatológicas como, por exemplo, osteoartrose ou artrite reumatoide, pode ter mais crises de dor nos meses de inverno.

Créditos da imagem: https://exame.abril.com.br/

*Conteúdo produzido em parceria com o Portal Leet Doc

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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