6 de maio de 2024

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Doação de órgãos: 5 mitos e verdades que você precisa saber

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Especialista aponta informações essenciais para ficar de olho e sensibiliza sobre importância de conversar com familiares

 

A Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), que teve seu relatório divulgado em agosto do ano passado, indicou que a taxa de notificação de potenciais doadores aumentou 13% no primeiro semestre de 2021. Contudo, durante a pandemia, as doações tiveram uma queda de 6,5% comparado ao primeiro semestre de 2019.

Os fatores que contribuem para este número vão ainda além da pandemia, sendo um dos principais a negação familiar. No Brasil, para ser doador, não é necessário deixar nenhum documento por escrito, mas a família deve estar ciente sobre o desejo do paciente, pois apenas os parentes podem autorizar o procedimento.

De acordo com o cirurgião especializado em transplante de órgãos abdominais, Dr. Ronaldo Andrade, é possível mudar esse cenário. “Um doador pode salvar mais de 20 vidas. A doação de órgãos prolonga a expectativa de vida dos pacientes que precisam, além de fazer com que eles possam voltar às suas atividades do dia a dia e desfrutar de um maior bem-estar. ”, comenta.

Abaixo, o especialista aponta 5 mitos e verdades sobre a doação de órgãos:

Não é possível doar órgãos em vida

“Mito! Doadores vivos podem ceder um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão para familiares de até quarto grau”, explica. Vale lembrar que para doar órgãos em vida, é necessário ter mais de 21 anos e boas condições de saúde.

Para que a doação de órgãos seja feita após a morte do paciente, é preciso deixar um documento autorizando o procedimento

“Mito. Não é necessário nenhum documento registrado em cartório para expressar a vontade do paciente. Contudo, deve ocorrer o consentimento da família. Por isso, é muito importante inserir a temática da doação de órgãos no dia a dia, manifestando sua vontade de forma clara e objetiva”.

Não é possível decidir para quem irá a doação de órgãos após a morte do paciente

“Verdade. Apenas na doação em vida é possível decidir para quem o órgão será doado. Após o óbito, qualquer tipo de doação pode ser realizada, desde que o paciente tenha tido morte encefálica. Neste caso, não se escolhe quem irá receber a doação”.

Idosos também podem doar órgãos

“Verdade! O que determina a possibilidade da doação de órgãos e tecidos é o estado de saúde do paciente e não a sua idade. Essa avaliação é feita por uma equipe médica especializada e, por fim, encaminhada para a central de transplantes”.

Existem custos para a doação de órgãos

“Mito. A família do doador não terá nenhum custo se optar pela doação de órgãos. Além disso, vale ressaltar também que os parentes não receberam nenhum tipo de pagamento devido o procedimento”

Sobre o Dr. Ronaldo Andrade

 

Dr. Ronaldo Andrade é Cirurgião Geral e Videolaparoscópico especializado em Cirurgia do Fígado, Pâncreas e Vias Biliares. É membro da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), da International Hepato-Pancreato-Biliary Association (IHBPA) e do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD)

 

Fez treinamento – fellowship program – no  Departamento de Cirurgia Geral, Visceral e de Transplantes, na Universität Tübingen, na Alemanha, Fellow em Transplantes de Fígado e Multivisceral, na University of Nebraska Medical Center, nos Estados Unidos, Fellow em Transplantes de Fígado, Rim e Pâncreas na Oslo universitetssykehus, na Noruega e Transplante de Fígado Intervivos no Chang Gung Memorial Hospital, em Taiwan. Além disso, fez sua capacitação em  Cirurgia Robótica  – da Vinci Robotic System Training as a Console Surgeon –  na da Vinci Training Center, Colômbia.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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