6 de maio de 2024

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Diástase abdominal, como prevenir e tratar

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Condição que afeta principalmente mulheres gestantes, a diástase pode ser tratada com cirurgia plástica, melhorando a qualidade de vida e o bem-estar

 

A diástase abdominal é uma condição que afeta 60% das mulheres que passaram pela gestação, segundo estudos, sendo uma condição que leva à separação dos músculos retos abdominais, resultando em uma protuberância na região do abdômen. Embora seja mais comum em mulheres, a diástase abdominal também pode acometer homens e pessoas que passaram por cirurgia bariátrica, levando a quadros graves, que podem ser revertidos com mudanças na rotina e com a realização de cirurgia plástica, que garante a recuperação fisiológica do corpo.

 

Segundo o cirurgião plástico, Luciano Grisotto, a diástase abdominal ocorre quando os músculos abdominais retos se separam, deixando uma abertura entre eles. “Essa separação pode ser causada pelo alongamento excessivo dos músculos durante a gravidez, mas também pode ocorrer devido ao ganho de peso, prática incorreta de exercícios físicos ou enfraquecimento dos músculos abdominais com o passar do tempo”, explica.

 

Causas e sintomas da diástase abdominal

 

Luciano explica que algumas condições podem gerar a diástase, como ganho de peso excessivo e operações de bariátrica, porém, a gravidez é uma das principais causas, pois durante a gestação o útero em crescimento exerce pressão sobre os músculos abdominais, causando a sua separação. “Entre os sintomas mais comuns da diástase abdominal podemos citar uma protuberância visível na região abdominal, especialmente ao realizar esforços físicos, como levantar objetos pesados ou fazer exercícios. Algumas pessoas também podem experimentar dor nas costas, problemas de postura e dificuldade em fortalecer os músculos abdominais”, reforça o cirurgião.

 

Como prevenir

 

Como forma de prevenção, Luciano indica a prática regular de atividades físicas durante a gravidez, algo que melhora também a qualidade de vida das gestantes. “Manter a postura durante a gravidez pode ser um desafio para as futuras mães, porém, é algo fundamental para garantir o fortalecimento da parede abdominal. Isso, aliado à prática de exercícios físicos como natação e pilates, ajuda muito. Além disso, é preciso cuidar para não ganhar peso excessivo, mantendo uma dieta equilibrada”, conta.

 

Luciano explica que mulheres que já tiveram diástase, têm mais chances de desenvolver o problema em gestações futuras. “Geralmente, em mulheres que já tiveram duas ou mais gestações, se torna mais comum encontrar a ocorrência de diastases maiores”, afirma o médico.

 

Quando a cirurgia deve ser considerada

 

Apesar de ser uma condição complexa, a diástase abdominal pode ser tratada, sendo que na maioria dos casos, é possível reverter a separação dos músculos abdominais. “O tipo de tratamento vai depender do grau de complexidade da condição, em casos leves, é possível combinar exercícios de fortalecimento abdominal como musculação e pilates, já em casos moderados ou mais avançados é indicado o tratamento cirúrgico, realizando uma cirurgia plástica que vai amarrar a musculatura abdominal”, conta Luciano.

 

O diagnóstico da condição é geralmente feito pelo médico ou pelo cirurgião plástico, por meio de um exame físico do paciente e com a realização de exames como ultrassonografia de parede abdominal, que é capaz de analisar o quanto a musculatura abriu. “Nos casos de pacientes pós-bariátrica, o ideal é esperar um ano após a cirurgia e dois meses de estabilização do peso. Já as mamães devem esperar de seis meses a um ano após o parto. Além disso, dependendo do caso, também é possível aliar à uma cirurgia de lipoaspiração e abdominoplastia, que vai eliminar o excesso de pele, melhorar a flacidez e as estrias na região abdominal. Com a realização dessas cirurgias, é realizada a remodelação de todo o abdômen, que irá redefinir a cintura e deixar a silhueta mais firme”, explica o médico.

 

Luciano explica que na maioria dos casos, para pacientes que desejam corrigir a diástase, o procedimento mais indicado é a abdominoplastia. “A abdominoplastia é uma cirurgia que dura cerca de 3 a 4 horas, sendo realizada com anestesia peridural, que garante maior conforto e segurança ao paciente. No pós-operatório é recomendado que o paciente fique de 14 a 21 dias em repouso, para garantir o sucesso da cirurgia e diminuir o risco de complicações, porém, para a recuperação total leva em média dois meses e requer alguns cuidados, como usar cintas modeladoras e não fazer esforços durante esse período. Uma vez que todos os cuidados tenham sido tomados, em poucos meses os pacientes conseguem recuperar a autoestima e a relação saudável com o seu corpo”, explica o médico

 

Tratamentos que podem ajudar no tratamento da diástase abdominal

 

Exercícios específicos

A prática de exercícios direcionados para fortalecer os músculos do abdômen, especialmente os músculos transversos profundos, pode ajudar a reduzir a diástase. É importante procurar a orientação de um fisioterapeuta ou educador físico especializado para realizar esses exercícios corretamente.

 

Cintas e faixas de compressão

O uso de cintas abdominais ou faixas de compressão pode fornecer suporte aos músculos abdominais e ajudar a reduzir a separação. No entanto, é importante lembrar que esses dispositivos não são uma solução definitiva, mas podem ser usados temporariamente como uma ajuda complementar ao tratamento.

 

Cirurgia plástica

Em casos  de diástase abdominal acima de 3cm, a cirurgia deve ser considerada, sendo que o procedimento cirúrgico indicado é a abdominoplastia com reparo da diástase abdominal, que envolve a sutura dos músculos abdominais separados e a remoção do excesso de pele, evoluindo em um abdômen mais firme. Nas pacientes que apresentam um menor grau de flacidez no abdome, é possível realizar a miniabdominoplastia.

 

 

Luciano Grisotto (CRM/PR – 35588; RQE 29039) é cirurgião plástico, graduado pela PUCPR, com residência médica em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica na UNIFESP. É membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e especialista em cirurgias estéticas e reparadoras. Por meio da cirurgia estética, proporciona autoestima e qualidade de vida aos seus pacientes, sempre levando a questão da segurança como um dos critérios mais importantes.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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