1 de maio de 2024

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Dia Nacional da Redução da Morte Materna alerta para a importância de diagnosticar os riscos precocemente

Foto: nakaridore Freepik

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Hemorragia, acretismo placentário, pré-eclâmpsia e sepse, além de saúde mental no puerpério estão entre as principais causas. Com protocolos bem definidos, maternidades do Grupo Santa Joana se destacam ao manter suas taxas equiparadas aos melhores centros mundiais, sendo que na Instituição é de 5 óbitos maternos a cada 100 mil nascimentos.

De acordo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a morte materna pode ocorrer durante a gestação ou até 42 dias após o término da gravidez devido a qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela. Entre as principais causas estão pré-eclâmpsia, hemorragia, acretismo placentário e sepse. Entretanto, recentemente a lista cresceu com a entrada do cuidado com a saúde mental das mulheres no puerpério. Para alertar e conscientizar sobre o tema durante o período gestacional e pós-parto, bem como os meios de diagnosticar os riscos precocemente, em 28 de maio é celebrado o Dia Nacional de Redução da Morte Materna.

“O tema se tornou preocupação mundial pelo fato de que, na maioria das vezes, pode ser evitável e, também, por todas as repercussões que traz para aquela família que vive uma situação como essa quanto para a sociedade. Sabe-se que os nascidos de mães que morreram no parto vivem menos. Por isso, é tão importante a discussão, conscientização e ações em prol da redução da morte materna”, salienta Dra. Mônica Maria Siaulys, diretora Médica do Grupo Santa Joana.

Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil a morte materna subiu significativamente e atualmente é de 107 óbitos maternos a cada 100 mil nascimentos enquanto que nos melhores centros mundiais essa taxa é de aproximadamente 10 a cada 100 mil. No Grupo Santa Joana esse número é ainda mais baixo, sendo de 5 a cada 100 mil, e é fruto de um trabalho sólido de prevenção da mortalidade materna construído ao longo das últimas décadas.

O que contribui para garantir esses índices e com melhores desfechos clínicos para as pacientes é uma somatória de fatores como: contar com equipes multiprofissionais qualificadas e continuamente capacitadas em habilidades técnicas e não técnicas para atuarem com alto desempenho; ter infraestrutura hospitalar adequada com equipamentos e monitores que permitem a avaliação mais precisa dos impactos das diferentes doenças na saúde da mãe e do seu filho; oferecer estrutura de apoio como laboratório e banco de sangue e protocolos de assistência que otimizam o atendimento de gestantes, principalmente daquelas que apresentam gestações de alto risco. O acompanhamento de perto e contínuo nas gestantes de alto risco é fundamental para a melhora dos resultados maternos e neonatais. As maternidades do Grupo Santa Joana contam com as Unidades de Semi-Intensiva e Unidades de Terapia Intensiva onde as gestantes e seus bebês são monitorados 24 horas por dia por uma equipe multidisciplinar e altamente especializada em doenças que ocorrem durante a gestação e puerpério.

Programa de Redução de Mortalidade Materna no Centro de Simulação Realística

Para manter as baixas taxas nos hospitais e maternidades da Instituição, que contempla o Santa Joana, Pro Matre e Santa Maria, foi implantado há oito anos o Programa de Redução de Mortalidade Materna realizado no seu Centro de Simulação Realística. Ao longo dos anos, o Grupo construiu protocolos baseados nas melhores evidências que otimizam o atendimento das pacientes, organizando o cuidado multidisciplinar. Dessa maneira, as equipes trabalham em sintonia, de maneira coordenada e seguindo a mesma conduta por meio de uma linguagem única.

“Buscamos sempre aperfeiçoar e trazer melhorias contínuas e, por isso, nossas maternidades seguem protocolos para diferenciar as gestantes com maior risco de hemorragia ou pré-eclâmpsia, o que contribui na antecipação de decisões. A adoção desses protocolos colaboram para a agilidade no atendimento, onde as decisões precisam ser tomadas, muitas vezes, em segundos. E isso também demonstra nossa preocupação com a redução da morbidade materna ao conseguiremos alcançar desfechos clínicos cada vez melhores e baixas taxas de transfusão de sangue, por exemplo”, destaca a médica.

Educação continuada

Para garantir agilidade e coordenação no cuidado, é fundamental contar com uma equipe treinada. E o Grupo Santa Joana sempre foi pioneiro em investir em educação continuada de seus profissionais. Há treinamentos obrigatórios que fazem parte da rotina dos colaboradores da Instituição, além de constantes atualizações e eventos, onde há oportunidade de troca de experiências com referências mundiais.

O Grupo Santa Joana conta, ainda, com o Centro de Simulação Realística especializado em saúde materno-infantil. Utilizando bonecos que sangram, choram e até entram em sepse, as equipes treinam situações críticas para que cada colaborador saiba exatamente a sua tarefa quando a situação for real. “Oferecemos treinamento constante para nossa equipe com conteúdo educacional de alta qualidade, que contribui para a discussão de temas como prevenção, antecipação de riscos e diagnóstico precoce, bem como conseguimos simular no Centro o controle de diversas variáveis da mortalidade materna”, conta Dra. Mônica.

Também, a mudança de comportamento da sociedade tem sido ponto de atenção para todas as instituições de saúde. Nota-se o aumento crescente das gestações tardias e fertilizações em vitro (FIV), além de outras comorbidades e suas sequelas, elevando, principalmente, os casos de pré-eclâmpsia e hemorragia.

Outras iniciativas do Grupo Santa Joana envolvem a educação para pacientes, dentre elas o pioneiro Curso de Preparação de Gestantes para o Parto Normal, no qual a gestante e acompanhante podem visualizar o parto normal em um robô (simulador) e conhecer em detalhes todo seu processo, além do Curso de Gestante.

O que pode causar cada uma das complicações na gestação e levar à morte materna

A pré-eclâmpsia, por exemplo, pode levar a complicações para a mãe e o bebê, incluindo hemorragia cerebral, insuficiência hepática, renal, problemas cardiovasculares e parto prematuro. Por isso, é importante que as mulheres recebam orientações sobre os sintomas e tratamento dessa condição, bem como sejam monitoradas adequadamente durante a gestação. Mais ainda, usando conceitos da obstetrícia de alta precisão, certas gestantes podem ser identificadas durante o pré-natal como suscetíveis ao alto risco de ocorrência de pré-eclâmpsia, mesmo antes de ter algum sinal da doença. Diante disso, medidas preventivas podem ser propostas para diminuir a chance de acontecer e, se ocorrer, que se apresente de uma forma mais amena e em uma idade gestacional mais avançada, impactando menos a saúde do feto.

Já o acretismo placentário é a condição clínica na qual a placenta se adere à parede uterina. Em alguns casos, torna-se impossível seu descolamento após o parto, podendo evoluir para uma hemorragia de difícil controle e potencialmente danosa à vida, onde decisões terão que ser tomadas em segundos para mudar o desfecho cirúrgico. Como nesse grupo específico de pacientes a realização de histerectomia (cirurgia para remoção permanente do útero) pode ser frequente, discute-se muito a necessidade de apoio do grupo da saúde mental. Segundo dados da literatura, as pacientes que são submetidas à histerectomia em idade fértil são mais vulneráveis a desenvolver transtorno do estresse pós-traumatico (TEPT). Diante disso, o cuidado com a saúde mental das pacientes obstétricas se tornou ainda mais importante. Desde 2020, o Santa Joana é a única instituição brasileira credenciada junto à Sociedade Internacional de Espectro de Acretismo Placentário (IS-PAS), grupo internacional voltado ao estudo desta patologia.

Como nesse grupo específico de pacientes a realização de histerectomia (cirurgia para remoção permanente do útero) pode ser frequente, discute-se muito a necessidade de apoio do grupo da saúde mental. Segundo dados da literatura, as pacientes que são submetidas à histerectomia em idade fértil são mais vulneráveis a desenvolver transtorno do estresse pós-traumatico (TEPT). Diante disso, o cuidado com a saúde mental das pacientes obstétricas se tornou ainda mais importante. Desde 2020, o Santa Joana é a única instituição brasileira credenciada junto à Sociedade Internacional de Espectro de Acretismo Placentário (IS-PAS), grupo internacional voltado ao estudo desta patologia.

Outra que está entre as principais causas de morte materna no mundo é a Sepse na gestação. De acordo com a OMS, a sepse é uma disfunção orgânica resultante de infecção durante a gravidez, parto, pós-parto e pós-aborto. Também segundo a Organização Mundial da Saúde, 10,7% dos casos de mortalidade materna em países de baixa renda se deve à sepse, enquanto que nos países de alta renda esse número cai mais da metade, representando 4,7% dos casos. Em 2022, o Santa Joana, Pro Matre e Santa Maria se tornaram as primeiras maternidades brasileiras a receberem a certificação do Programa de Distinção no Tratamento da Sepse, desenvolvido pelo Instituto Qualisa de Gestão (IQG) em parceria com o Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS).

 

Sobre o Grupo Santa Joana

O Grupo Santa Joana administra as Maternidades Santa Joana, Pro Matre Paulista e Santa Maria, em São Paulo. Considerado um dos maiores grupos privados de maternidades da América Latina, o Santa Joana ainda contempla centros de Endometriose, Diagnóstico, Medicina Fetal e Reprodução Humana e é a instituição líder no ranking nacional de maternidades, além de ser a única com parceria em estudos científicos com renomadas universidades, como Stanford e Harvard. A união das Maternidades do Grupo Santa Joana proporciona a troca de experiência, conhecimento e tecnologia, originando uma instituição de referência internacional em obstetrícia, ginecologia e neonatologia.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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