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De ‘pedreira’ a ‘coisa de homem’: preconceito contra a mulher na Engenharia ainda persiste

Foto: Freepik

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Coordenadora dos Cursos na Universidade detalha as dificuldades no setor em que somente 20% dos profissionais com registro é do sexo feminino

 

“O próprio pai a chamava de ‘pedreira”. Este é somente um dos vários relatos que a Coordenadora dos Cursos de Engenharia da Unimetrocamp, Ivete Faesaralla, recebeu durante rodas de conversa entre estudantes mulheres e docentes na Instituição. Em outro, a família não acreditava na conclusão do curso por uma jovem pois, segundo eles, engenharia era “para homens”. Este cenário se reflete no número divulgado pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea): mulheres representam 20% dos profissionais com registro nas diversas áreas da Engenharia no Brasil.

 

Ivete explica que existe uma dificuldade de inserção das mulheres nas áreas de exatas, de forma geral, por uma questão ainda cultural não só no Brasil, mas no mundo todo. É esperado que mulheres participem de cursos relacionados à educação e profissões relacionadas à “extensão do cuidar”. Para atuação na Engenharia, características importantes, como  afinidade com as disciplinas das áreas de Exatas, ou interesse por tecnologia, ou ainda criatividades para solucionar e minimizar problemas estão presentes em homens e mulheres.

 

Na Unimetrocamp, são criados espaços para trabalhar com esta questão cultural e desigual. “Nós organizamos rodas de conversa com estudantes, professoras e engenheiras já formadas para que elas possam compartilhar suas dificuldades e desafios. Estes momentos trazem acolhimento para as jovens que passaram e passam por dificuldades na formação e no mercado de trabalho.”

 

A professora Ivete Faesarella, que está na Unimetrocamp há 19 anos, se formou em tempos muito diferentes do atual. Os 20% apresentados pela Confea, na sala de aula dela, era reduzido à presença de somente uma mulher. Depois de formada, enfrentou algumas dificuldades para conseguir desenvolver seu trabalho no mercado, como relata: “Trabalhei como gerente de produção numa fábrica de bebidas e por ser mulher e com pouca idade enfrentei preconceitos. Os colaboradores, a maioria homens, mais velhos que eu, não confiavam no meu trabalho, dificultando muito a implementação das melhorias no processo.”

 

Em outra empresa, o argumento de que “uma mãe não tem capacidade para fazer a gestão da área de Produção” foi utilizado para justificar sua rescisão de contrato de trabalho.  Outras situações semelhantes acontecem com várias mulheres em posições de liderança. Por esta vivência, a Ivete costuma criar espaços de acolhimento para as alunas dos cursos de Engenharia.

 

“Algumas estudantes não se sentem à vontade nem para falar, muitas não legitimam o próprio sofrimento. Eu procuro acolher essas alunas, ouvir as questões que elas trazem e sempre digo que mesmo com dificuldades, elas não precisam abandonar o sonho. Existe uma rede de apoio que elas podem contar para conversar, trocar ideias e desabafar. Numa profissão onde a presença dos homens é predominante, ser mulher é um desafio diário”, detalha Ivete.

 

Segundo ela, tanto as Universidades quanto as empresas podem desenvolver ações concretas para  mudar esta cultura. As universidades podem trabalhar no sentido de mostrar as possibilidades de atuação, levando engenheiras que trabalham no mercado para compartilhar experiências com estudantes. As empresas podem lançar programas de trainees que incentivem a participação de mulheres.

 

Sobre a Wyden

A Wyden é uma rede nacional de ensino superior com presença nas Regiões Norte, Nordeste e Sudeste do país. São mais de 40 mil alunos em cursos disponibilizados em diferentes formatos, do presencial ao EAD. Entre as áreas estão as de gestão e negócios, engenharias e ciências da informação, artes, ciências, saúde, mídia e tecnologia. Qualidade de ensino e boa infraestrutura são dois pilares importantes para todas as instituições da marca. A Wyden acompanha também as melhores práticas da academia e do mercado para sustentar sua posição de referência de ensino nas regiões onde atua.

 

Sobre o Centro Universitário UniMetrocamp Wyden

O Centro Universitário UniMetrocamp Wyden é referência em educação com qualidade e inovação desde 2002, oferecendo aos alunos educação de padrão internacional, por meio de um corpo docente especializado, infraestrutura de nível mundial – com 29 laboratórios para os cursos específicos, de última geração, 15 laboratórios de informática, 05 clínicas de saúde, bibliotecas com acervo atualizado e salas de aula modernas – além de programas de suporte ao aluno (Care) e programas internacionais, como curso de inglês, intercâmbio e palestras com professores estrangeiros. Com 18 anos de experiência em Campinas/SP, a instituição investe constantemente para formar cidadãos profissionais com experiência de aprendizado internacional, capazes de suprir as demandas do mercado de trabalho, bem como atingir seus objetivos educacionais e de carreira.

 

Cursos e estrutura

O Centro Universitário UniMetrocamp Wyden possui 27 cursos de graduação e 38 cursos de Pós-Graduação nas áreas de Arquitetura, Comunicação, Design, Direito, Engenharia, Gastronomia, Gestão e Negócios, Saúde, Tecnologia e Educação. Com mais de 14 mil m² de infraestrutura de padrão internacional, a faculdade possui 29 laboratórios de cursos específicos, com equipamentos de última geração, 15 laboratórios de informática, 05 clínicas  de saúde, 77 salas de aula modernas e equipadas com ar-condicionado e 1 auditório com capacidade para cerca de 250 pessoas.

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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