26 de junho de 2024

SB24HORAS

Notícias na hora certa!

De acordo com pesquisas, a pandemia do Covid-19 registrou 19% de jovens com transtorno depressivo

Compartilhe essa notícia!

Pesquisa da Unicef aponta aumento de casos de doenças mentais entre os jovens de 10 a 19 anos, causadas pela restrições impostas pela pandemia do Covid-19

Em 5 de outubro de 2021, a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) publicou um relatório sobre um estudo realizado entre crianças e adolescentes na faixa etária de 10 a 19 anos. Ela concluiu que um entre cada sete pesquisados sofrem de ansiedade, depressão e problemas no comportamento, justificado pelas restrições impostas pela  pandemia do Covid-19, que limitou as relações sociais, principalmente o convívio escolar. Ela alertou ainda que essa problemática deve ter outros efeitos adicionais ao longo do tempo. 

Outro ponto destacado pela entidade é o fato da necessidade dos serviços para o tratamento dos distúrbios citados e da própria saúde mental para essa camada da população mundial, porém é significativa a ausência de recursos disponíveis, tanto é que o relatório aponta que os governos investem menos de 2% de seus orçamentos de saúde para o tratamento de jovens com transtornos mentais. A Unicef ainda informa que cerca de 46 mil jovens, na faixa etária entre 10 e 19 anos,  cometem suícidio anualmente, ou seja, um jovem perde a vida a cada 11 minutos; sendo que na faixa de 15 a 19 anos o suicídio é a quarta causa mortis, atrás apenas de acidentes de trânsito, tuberculose e violência.

A saúde mental da juventude deve ser uma preocupação constante de todos que têm a responsabilidade de promover seu bem-estar, para que haja a garantia de uma vida saudável no presente e no futuro. Tanto é que a Unicef estimula os órgãos públicos e privados a proteger e investir urgentemente na saúde mental de crianças e jovens, inclusive pelas consequências causadas pela pandemia do coronavírus, onde muitas famílias tiveram perdas de vidas e o lockdown causou medo e depressão, em razão da expectativa do que aconteceria no futuro próximo.

Independentemente de faixa etária, manter a saúde mental em equilíbrio garante uma boa qualidade de vida, porém observar qualquer mudança no comportamento da criança e do jovem é fundamental, para que seja feito um diagnóstico preliminar e o encaminhamento para o devido tratamento. Vale destacar que essas doenças, como ansiedade, autismo, bipolaridade, depressão, distúrbios alimentares, entre outras, são silenciosas e muitas vezes são percebidas já em um estágio avançado.

Com o acompanhamento de uma equipe de saúde multidisciplinar, a recuperação do indivíduo torna-se fundamental para o resgate da autoestima e do equilíbrio emocional e mental, tanto é que sessões de terapia individual, familiar ou em grupo têm alavancado a melhoria no comportamento e na compreensão, diante do cenário atual em que temos de conviver com novas maneiras de relacionamento e de atividades.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
Compartilhe essa notícia!