Por Dennis Moraes
Durante esse processo de adoção, muitas idas e vindas aconteceram. Situações que jamais esperamos podem surgir de forma inesperada, trazendo impactos pessoais profundos. Nada é perfeito e, muitas vezes, queremos que tudo aconteça conforme o planejado — mas a vida não funciona assim. Vivemos pequenas pílulas de felicidade misturadas a muitos desafios.
No caso da adoção, o processo em si já é naturalmente desgastante, mas no meu caso se tornou ainda mais pesado com problemas paralelos que surgiram sem qualquer previsão. O stress crescia a cada dia, e eu, tentando parecer calmo e confiante, acreditava que logo tudo se resolveria. De fato, deu certo. Porém, o corpo resolveu me dar um sinal: paralisia facial do lado esquerdo, provocada por estresse emocional e ansiedade.
Acho que um dos fatores que colaboraram para essas “férias forçadas” do meu rosto foi o carro da família, cujo motor literalmente explodiu, exigindo reparos urgentes. Situações assim, somadas, vão nos testando. Dizem que depois da tempestade vem a bonança — e ela chegou. A adoção pela qual eu e Maira esperávamos finalmente saiu, e hoje somos pais de três crianças lindas, um sonho que agora se transforma em realidade. Além disso, fui surpreendido com uma homenagem marcante pelo meu trabalho no jornalismo regional: a Medalha MMDC, honrado.
Mas durante esse meu processo, percebi que não sou um caso isolado. Especialistas explicam que o corpo reage ao acúmulo de tensões não só de forma psicológica, mas também física: noites mal dormidas, excesso de informações, ansiedade e pressões constantes favorecem inflamações e descompensações que podem atingir músculos, nervos e até articulações. Em outras palavras, o corpo “desliga” quando a mente não encontra espaço para descansar.
Esse cenário não é apenas individual. Estudos recentes indicam que, com a sobrecarga da vida moderna e a avalanche de informações a que estamos expostos diariamente, há uma tendência de crescimento desses casos na população em geral. Se não aprendermos a desacelerar, a nos desligar por alguns momentos das redes sociais, do trabalho e da pressão cotidiana, os alertas do corpo se tornam inevitáveis.
Por isso, deixo aqui uma reflexão: olhe-se no espelho, avalie sua fisionomia. Se estiver abatido, pare. Viaje, desligue-se das redes sociais — que podem ser meu ganha-pão, mas também um terreno fértil para críticas destrutivas, infidelidades emocionais e falsidade virtual. Aprendi que daqui não levarei nada
E se tivesse sido um AVC? E se eu tivesse morrido? Como diz o amigo Marcelo Harteman: “E aí, cara pálida, e aí?”
Hoje sigo trabalhando, amando, curtindo a família, fazendo fisioterapia e agradecendo a Deus por mais um dia de vida. Muitas vezes vivemos sem freio, sem responsabilidade conosco mesmos, colocando o trabalho acima da própria saúde. Eu não faço mais isso. O corpo já me avisou uma vez — e eu finalmente aprendi a escutar.
Dennis Moraes é Comendador outorgado pela Câmara Brasileira de Cultura, Jornalista, Feirante e Diretor de Jornalismo do SB24Horas. Acesse: dennismoraes.com.br
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