“Os Estados Unidos chamam o Conselho de Segurança da ONU a introduzir sanções contra a Coreia do Norte, acusando-nos injustamente de sermos ‘uma ameaça’ à paz e à segurança mundial. Esta própria declaração já é uma violação das normas internacionais e da Carta das Nações Unidas e constitui para nós um novo desafio de implementação das metas de desenvolvimento sustentável”, disse o ministro.
O ministro norte-coreano afirmou que, no momento, na península coreana “realizam-se misteriosos testes nucleares”, organizados pelas “forças nucleares dos Estados Unidos.” Segundo ele, as autoridades da Coreia do Norte tentaram diminuir a ameaça representada pelos Estados Unidos “por meio do diálogo e cumprindo as normas internacionais, mas não deu certo”. “A última chance para nós é responder do mesmo jeito”, completou o ministro.
O diplomata também explicou por que razão a política dos EUA contra a Coreia do Norte nunca mostrou os resultados desejados por Washington.
“As tentativas dos americanos de ‘estrangular’ a Coreia do Norte, ameaçando com um ataque nuclear e novas sanções econômicas, refletem a total insignificância dos EUA. Eles nunca vão entender as ideias do nosso povo, baseados no espírito indomável, que se torna cada vez mais forte e mais firme devido às sanções”, disse o ministro das Relações Exteriores norte-coreano, acrescentando que “ri melhor quem ri no fim”.
Hoje (22), na sede da ONU em Nova York, haverá conversas sobre o programa de implementação das metas de desenvolvimento mundial sustentável, adotadas no ano passado para o período até 2030. Até este ano, os membros da organização concordaram em liquidar completamente a pobreza e a fome no mundo. Ri Su-Yong chegou a Nova York para participar do evento, tendo o texto do seu discurso sido publicado pelo Departamento de Informação Pública da ONU.
A situação na península coreana se agravou após 6 de janeiro, quando a Coreia do Norte realizou quatro testes nucleares e lançou, no dia 7 de fevereiro, um satélite por meio de um foguete portador que, de acordo com Seul, pode ser usado para um ataque nuclear a uma distância de 12 mil quilômetros.
Sobre as acusações, a Coreia do Norte declarou que os testes realizados foram uma resposta à política “agressiva” dos Estados Unidos, que junto com a Coreia do Sul, organizaram treinamentos militares direcionados à eliminação física da liderança da Coreia do Norte em caso de guerra.
Da Sputnik
Agência Brasil