Salas de cinema em diferentes partes do mundo investem cada vez mais em conforto e oferecem até camas reclináveis aos espectadores
Considerada a sétima arte mundial, o Cinema instiga não só pelos enredos de seus filmes, mas também pelo escurinho partilhado com dezenas de outras pessoas que, durante a sessão, podem ter as mais distintas reações.
Nos últimos anos, o cinema viveu inúmeras inovações, desde projeções em 3D, 4D, com a difusão de odores durante a sessão, até telas LED — que apresentam uma luminosidade até dez vezes maior do que as tradicionais.
Para garantir o conforto do público, alguns cinemas têm inovado e substituído as poltronas individuais por camas para todos os espectadores. Um exemplo disso ocorreu no norte da Suíça, na cidade de Spreintenbach.
Saem poltronas, entram camas
A sala VIP de uma rede de cinema oferece nada menos do que 11 camas de casal, com direito a lençóis, almofadas e travesseiros. A entrada para a sessão, 49 francos, ainda inclui algumas comidas e bebidas. Ou seja: não deixa nada a desejar para o conforto do quarto de uma casa.
Aproximar a experiência de estar em uma sala de cinema ao conforto de um lar é, justamente, o objetivo dessa rede suíça. Contudo, para evitar que o conforto seja maior que o interesse pelo filme e facilite os cochilos no público, os encostos de cabeça podem ser removidos e as camas são reclináveis.
Cinema de rua com conforto de casa
Se em cidades como São Paulo, os cinemas mais equipados são capazes de disponibilizar outras experiências aos que entram na sessão, em Londres, um cinema de rua também vem se destacando por oferecer muito conforto aos clientes.
Trata-se do Eletric Cinema, inaugurado em 1910 e situado em Notting Hill — que se tornou famoso ao aparecer no filme Um Lugar Chamado Notting Hill (1999), estrelado por Julia Roberts e Hugh Grant.
Com livrarias e pequenos bares que conferem charme ao bairro, o cinema não está incrustado em um prédio de shoppings, mas apresenta uma fachada que remete a um casarão.
Valorização do retrô
Em vez de aderir às tecnologias LED, o Eletric optou por preservar os cômodos de antigamente. Suas salas abrigam 65 poltronas de couro, acompanhados por banquinhos, que permitem ao espectador esticar as pernas, e mesas laterais, em que se pode deixar os drinks.
Para quem sentir frio durante a exibição, o Eletric disponibiliza cobertores de cashmere individuais. Nos fundos da sala, existem ainda três sofás de dois lugares. O visual charmoso, com abajures que recriam as salas da década de 1920, confere um ar retrô ao cinema.
Nas proximidades da tela, as salas do Eletric Cinema, ainda, oferecem camas de casais, munidas de travesseiros e cobertores. O cinema tem um bar que permanece aberto meia hora antes do início da sessão. Nele, é possível consumir uma diversidade de bebidas, desde água e cerveja até vinho e champanhe, além de lanches.
Faturamento dos cinemas
Embora haja quem diga que os cinemas estão com os dias contados, em função da popularidade de streamings como o Netflix, estima-se que o faturamento do setor cinematográfico, em 2019, ultrapassou os US$ 40 bilhões. Pela primeira vez na história, as bilheterias fora dos EUA arrecadaram mais de US$ 30 bilhões.
Um dos destaques no alto faturamento das bilheterias foi a Disney. Seus principais estúdios, como a Pixar, a Marvel e a Walt Disney Animation, arrecadaram, sozinhos, US$ 9,7 bilhões. Os principais lançamentos da Disney no ano passado foram: O Rei Leão, Toy Story 4, Capitã Marvel, Aladdin, Vingadores: Ultimato, Frozen 2 e Stars Wars – A Ascensão Skywalker.