27 de abril de 2024

SB24HORAS

Notícias na hora certa!

Conheça as diferenças entre os catálogos brasileiro e estrangeiro dos streamings

Compartilhe essa notícia!

Licenciamentos de exibição e popularidade de títulos influenciam na disponibilidade de conteúdos em cada país

As plataformas de streaming mudaram consideravelmente o mercado do entretenimento, impactando serviços de TV por assinatura, emissoras de TV aberta e a própria internet. Atualmente, usuários contam com recursos como aplicativo de VPN, o qual possibilita acessar conteúdos de qualquer lugar do mundo, praticamente sem restrições. 

O próprio YouTube, antes considerado uma rede social em que as pessoas postavam vídeos de forma despretensiosa e espontânea, hoje se configura como uma plataforma com serviços por assinatura de conteúdos em vídeo. Mas como isso afeta o poder de escolha do que assistir por parte dos usuários? Neste artigo, você descobre um pouco mais sobre os motivos dos catálogos serem distintos em cada país.

Entendendo o perfil de consumo dos streamings no Brasil

O consumo de plataformas de streaming no Brasil vem crescendo ao longo dos anos, principalmente após a pandemia. Divulgado em 2023 pela Ancine, o relatório ‘Panorama do Mercado de Vídeo Por Demanda no Brasil’ aponta diversos aspectos do consumo de conteúdos de streaming, como, por exemplo: 

  • o Brasil é o país com mais ofertas de streaming na América Latina;
  • as produções nacionais têm recebido maior atenção, inclusive de plataformas internacionais;
  • comédia, aventura e drama estão entre os gêneros favoritos dos brasileiros.

Em outro estudo, realizado pela Opinion Box em 2023, foi possível mapear que 66% dos brasileiros usuários de smartphone possuem alguma assinatura de serviço de streaming. Hoje, muitas operadoras de telefonia incluem nos pacotes de planos o consumo de plataformas de streaming, o que serve como atrativo e benefício para os usuários, que podem assistir conteúdos em qualquer lugar, sem consumir pacote de dados.

Por que os catálogos das plataformas de streaming mudam conforme o país?

Primeiramente, é preciso lembrar que as plataformas de streaming são serviços comercializados por empresas e, portanto, refletem os interesses de negócio de cada uma. Nos canais de TV por assinatura, era comum a exibição em horários específicos de séries adquiridas pelo canal. Hoje, até mesmo a reprise de um determinado título pode ser impactada pelos aspectos que você entende a seguir.

Contratos de exibição e direitos autorais

Mesmo em produções originais, o que é muito comum em plataformas como Netflix e HBO, existem contratos e licenciamentos nos quais o período de exibição é previsto. Após o vencimento desse prazo, as plataformas podem optar por renovar ou não o contrato, resultando na disponibilidade de um título naquele local. 

Outro fator que pode impactar a exibição de um conteúdo é a morte de pessoas envolvidas na produção, exclusividade de imagem ou ainda mudanças na legislação de cada país. Uma única assinatura não concedida de um ator ou pessoa envolvida na produção pode impedir que uma obra seja disponibilizada, em um único país ou no catálogo geral.

Audiência e estratégia de mercado

Por trás da construção de um catálogo de uma plataforma de streaming, existe muita estratégia e análise de dados. As empresas sabem exatamente quais gêneros têm maior aceitação por parte do público assinante, e isso pode determinar a inclusão de um conteúdo no catálogo de um país, em detrimento de outro. 

Calendários e contratos de lançamentos

Alguns streamings são famosos por disponibilizarem conteúdos em horários diferentes em cada local. Além de servir à estratégia de negócio, gerando publicidade espontânea e fidelidade por parte dos assinantes, isso também é reflexo da exclusividade de produtoras e empresas envolvidas na produção, exibirem seus lançamentos no país de origem primeiro. 

No caso de filmes, alguns títulos costumam ficar disponíveis por um tempo apenas por aluguel, dentro das plataformas. Isso funciona como forma de aumentar a receita do lançamento, em caso de filmes ainda em cartaz nos cinemas, ou de alavancar a audiência de filmes que não tiveram tanto sucesso de bilheteria assim.

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
Compartilhe essa notícia!