29 de março de 2024

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Como bares e restaurantes estão driblando a crise em época de coronavírus

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A crise causada pelo novo coronavírus afetou vários segmentos do mercado e da indústria nacional. No entanto, poucos setores foram tão afetados como o gastronômico.

Bares e restaurantes tiveram de fechar as suas portas por causa das restrições de atendimento ao público e isolamento social determinadas pelos decretos de quarentena nos estados brasileiros.

O peso dessa medida foi intenso. De acordo com a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), o setor perdeu 1 milhão de funcionários neste período de pandemia do novo coronavírus.

Além de demitir gente, os bares e restaurantes precisaram se reinventar para poder driblar a crise em época de coronavírus.

A principal medida para isso foi o uso dos aplicativos de delivery para poder continuar vendendo para o público.

Isso foi possível porque o trabalho de entrega não foi suspenso pelas restrições da quarentena. Por isso, os restaurantes podem continuar funcionando desde que com medidas de proteção e segurança para seus funcionários.

Como os aplicativos de entrega já contam com toda a infraestrutura necessária para operar, como entregadores e interface para os usuários, os restaurantes só precisam se posicionar ali para poder começar a vender.

Esse novo modelo de negócios trouxe uma série de mudanças para os restaurantes, a começar pelo cardápio.

Se antes a expectativa era atender ao público de uma forma específica, visando vender porções e outros tipos de pratos, agora a ideia é oferecer uma refeição singular ou em dupla.

Além disso, os restaurantes antes conseguiam obter um fluxo estável de clientes em dias de semana (especialmente trabalhadores próximos), ganhando lucro real nos fins de semana.

Agora, no entanto, é necessário mudar o cardápio para poder vender nos dias de semana, uma vez que a demanda dos aplicativos é bem menor nesse período.

Uma das maneiras de fazer isso é vender pratos simples, mas gostosos, prontos para substituir um almoço ou jantar a um preço bem barato.

Se a mudança na maneira de pensar os pratos mudou, a organização interna também foi bem alterada.

Para poder operar, os restaurantes não podem abrir as suas portas, mas podem vender pela Internet. Por isso, seus funcionários devem continuar ir trabalhando de modo a preparar os pratos que serão vendidos nos deliveries.

Isso alterou o fluxo de trabalho dos profissionais, além de ter novas mudanças de segurança e higienização para evitar a contaminação do novo coronavírus.

Nesse caso, os bares foram quem mais sofreram mudanças. Afinal, o modelo de negócios deles consistia em oferecer um espaço para as pessoas se reunirem, tomarem uma ou duas cervejas e comer alguns aperitivos.

Uma das principais saídas para os bares foi oferecer as bebidas e as porções para consumo em casa. Além disso, no entanto, os negócios que melhor se adaptaram foram aqueles que criaram pratos novos para poder vender pela Internet, como sanduíches de qualidade para valer uma refeição do usuário.

Por fim, vale mencionar que a própria ideia central dos restaurantes pode ter mudado por causa da pandemia do novo coronavírus. Era verdade que as dark kitchens já existiam em grande quantidade antes. Agora, no entanto, elas devem se popularizar muito mais.

Uma dark kitchen é uma cozinha de restaurante que não abre as suas portas para o público e só funciona em aplicativos pela Internet.

Com o avanço das cozinhas compartilhadas e das dark kitchens, é possível imaginar um cenário em que grande parte dos restaurantes agora sejam apenas “interfaces” de um grupo só.

Por exemplo, uma única empresa pode ter uma plataforma de lanches, uma de churrasco, uma de comida saudável e uma de comida japonesa. Todos os pratos seriam feitos na mesma dark kitchen e retirados no mesmo lugar, mas vendidos sob diferentes nomes nos aplicativos.

Seja como for, é fato que o setor gastronômico precisou se adaptar muito para driblar o coronavírus. Resta saber agora é como as coisas serão quando a crise acabar.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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