19 de março de 2024

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Com 360 novos casos em sete dias, pandemia avança em ritmo acelerado no município de Campinas

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Nova análise do Observatório PUC-Campinas mostra curva de contágio ascendente para a RMC, que apresentou aumento de 35% no número de mortes em uma semana

Uma nota técnica do Observatório PUC-Campinas, divulgada nesta segunda-feira (25/05), revela que a cidade de Campinas, com 360 novos casos por coronavírus (covid-19) entre os dias 17 e 23 de maio, está entre os sete municípios do Estado de São Paulo com maior taxa de crescimento da pandemia. A curva epidemiológica do período mostra, ainda, aumento rápido e contínuo para a Região Metropolitana de Campinas (RMC).  (VEJA NOTA COMPLETA)

Com a ascendência registrada, Campinas ultrapassou os 1.300 casos confirmados da doença e 52 óbitos, apresentando também a pior média da região em casos absolutos para cada 100 mil habitantes, junto aos municípios de Morungaba e Paulínia. Em contrapartida, as cidades de Pedreira e Arthur Nogueira seguem tendo a menor incidência de casos na RMC em termos relativos.

No período de análise, feita pelo economista Paulo Oliveira e pelos estudantes extensionistas Nicholas Rodrigues Ramos, de Economia, e Felipe Pedroso de Lima, de Geografia, a Região Metropolitana de Campinas exibiu 639 novos casos e 23 mortes, aumentos de 4,75% e 35,29%, respectivamente, em relação à semana epidemiológica anterior encerrada em 16 de maio.

As taxas de casos confirmados e óbitos por 100 mil pessoas, anteriormente entre as mais baixas do país, indicam comportamento crescente de contágio em toda a região: a média de casos nos 20 municípios que integram a RMC, antes de 42,6 para cada 100 mil habitantes, subiu para 57,94 num período de sete dias. No Estado de São Paulo e no Brasil, as médias são de 66 e 110,7 casos, respectivamente.

“No entanto, percebe-se que não há homogeneidade entre os números de casos e mortes na região. Alguns municípios sequer declararam mortes pela covid-19, enquanto Indaiatuba, Hortolândia e Campinas são, neste momento, as cidades da RMC com maiores taxas de morte para cada 100 mil habitantes. As duas primeiras, inclusive, ultrapassam a média dos municípios brasileiros, de 4,56 óbitos por 100 mil pessoas, tendo os piores índices no território nacional”, afirma Paulo.

O aumento exponencial dos casos na região, que causa preocupação nas autoridades de saúde municipais e do Estado, reforça a necessidade de medidas de contenção. “A efetividade da contenção dos casos e mortes vai depender, necessariamente, da capacidade de estrutura da saúde regional, da conscientização da população e da eficiência das medidas de isolamento social, como aponta a maioria dos especialistas no Brasil e no mundo”, acrescenta o docente.

Observatório PUC-Campinas

O Observatório PUC-Campinas, lançado no dia 12 de junho de 2018, nasceu com o propósito de atender às três atividades-fim da Universidade: a pesquisa, por meio da coleta e sistematização de dados socioeconômicos da Região Metropolitana de Campinas; o ensino, impactado pelos resultados obtidos, que são transformados em conteúdo disciplinar; e a extensão, que divide o conhecimento com a comunidade.

A plataforma, de modo simplificado, se destina à divulgação de estudos temáticos regionais e promove a discussão sobre o desenvolvimento econômico e social da RMC.  As informações, que englobam indicadores sobre renda, trabalho, emprego, setores econômicos, educação, sustentabilidade e saúde, são de interesse da comunidade acadêmica, de gestores públicos e de todos os cidadãos.

 

Departamento de Comunicação da PUC-Campinas

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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