25 de abril de 2024

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Colocar-se no lugar do outro: como fazer com que a criança ponha em prática esse conceito?

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Escola da Inteligência trabalha valores como esses no Colégio Acadêmico

 

Não faça para o outro aquilo que você não gostaria que fizessem para você. Enfim, antes de agir ou falar, coloque-se no lugar do outro. Esse conceito é passado de geração em geração, mas ensinar as crianças a colocá-lo em prática é sempre difícil. Por isso, esse é justamente um dos nortes da Escola da Inteligência, implantada no Colégio Acadêmico em 2013.

 

A Escola da Inteligência, idealizada por Augusto Cury, doutor em Psicanálise que já teve sua obra publicada em mais de 60 países, é um programa preventivo de desenvolvimento psicológico e comportamental. Ele procura estimular as funções mais complexas da inteligência. Entre elas, estão colocar-se no lugar do outro, pensar antes de agir e reagir e a capacidade de superar perdas e frustrações. Também visa o desenvolvimento das relações interpessoais, como ética, empatia, resolução de conflitos e trabalho em equipe.

 

No Colégio Acadêmico, a Escola da Inteligência faz parte da grade de disciplinas desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Os alunos têm uma aula semanal e os pais participam de encontros mensais. Segundo Ana Paula Dalfré, psicopedagoga do colégio, desde que a criança passa a conviver com outras crianças, ela deverá ser incentivada a compreender o significado de viver em grupo.

 

Os ensinamentos devem respeitar as características de cada faixa etária. Considerando o desenvolvimento da moralidade infantil, por volta dos 4 anos, explica Ana Paula, a criança começa a deixar as condutas típicas da Anomia (ausência de regras) em direção ao mundo da Heteronomia (leis reguladas pelo outro). É quando vai aprender a dividir o brinquedo, o tempo e os espaços, mas ainda regulada pela mediação do adulto. A partir dos 6 e 7 anos, começa a ser capaz de cooperar, estabelecer acordos, aprender a esperar e a tolerar frustração.

 

Gradativamente, a criança passa a expressar sentimentos, respeitar o ponto de vista do outro, argumentar sobre suas ideias, compreender que os valores podem se diferenciar entre os diferentes grupos sociais, culturais e econômicos e ser solidária. Essas condutas vão direcionando o sujeito rumo à aquisição da Autonomia Moral, quando ele já é capaz de autorregular-se e de considerar a demanda de uma coletividade, “Propostas que mobilizem ações voluntárias e coletivas podem ser interessantes para que a criança possa compreender que a sua ação no mundo influencia a vida de outras pessoas e que todos fazemos parte de uma grande rede”, afirma a psicopedagoga.

 

De acordo com a especialista, a parceria entre escola e família é fundamental para que estes sentimentos e compreensões se estabeleçam. “Todo o processo é decorrente de inúmeras relações que a criança estabelece ao longo da sua vida e não depende exclusivamente de algo que lhe é ensinado, mas algo que é vivido e valorizado ao longo de sua história”, detalha Ana Paula. “Mais do que ensinar, a escola deve favorecer que estas relações sejam compreendidas e respeitadas”.

 

Por isso, diz a psicopedagoga, as atividades que envolvem a Inteligência Emocional são interessantes ao ambiente escolar. “Certamente, a equipe da Escola da Inteligência pode descrever inúmeras situações que revelam o quanto estas aprendizagens definirão relações saudáveis e solidárias entre as crianças”, diz.

 

Ana Paula lembra ainda que, entre as atividades realizadas no Colégio Acadêmico, estão as Assembleias de Classe, nas quais todos podem opinar sobre os mais diversos temas. “Nelas, os alunos compreendem o seu lugar e o lugar do outro em um ambiente social, e que gostar ou não gostar, concordar ou não concordar é um direito, entretanto, respeitar é uma condição essencial para uma relação social”, ressalta.

 

O Colégio Acadêmico – COC Limeira fica na Rodovia Deputado Laércio Corte (Limeira-Piracicaba), 3.000. Mais informações pelo telefone 3404-4700.

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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