4 de maio de 2024

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Cientistas desenvolvem plástico sustentável feito de insetos que já morreram

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Pesquisadores trabalham há 20 anos nesse estudo, que pode transformar produção de plástico

É de conhecimento mundial a necessidade urgente de algumas novas posturas serem impostas para minimizar o impacto no meio ambiente. Existem muitos vilões, mas um dos maiores é o plástico. Para se ter uma ideia, cerca de 8 milhões de toneladas de plásticos entram no oceano anualmente, de acordo com o WWF (Fundo Mundial para a Natureza).

 

Algumas decisões até já são aplicadas. Por exemplo, muitos lugares já proíbem a disponibilização de sacolas plásticas e canudos plásticos. Mas isso ainda está muito aquém da real necessidade.

 

Pensando nisso, cientistas não param de buscar formas alternativas de diminuir o plástico no planeta. Pesquisadores dos Estados Unidos trabalham, há 20 anos, em maneiras para transformar produtos naturais em polímeros biodegradáveis, ou seja, degradações que acontecem por ações de bactérias, fungos, etc. Isso não gera poluição em longo prazo no meio ambiente.

 

Nova descoberta

Um desses cientistas sugeriu que resíduos de moscas-soldado negras poderiam ser usados com esse objetivo. Ele explicou que esses insetos contêm um composto químico chamado quitina, um polímero que tem açúcar como base e que fortalece a casca ou o exoesqueleto de algumas espécies.

 

Essa substância já foi encontrada em cascas de camarão e caranguejo. Mas o pó de quitina das moscas parece ser mais puro, além de não ter o problema de alergia alimentar que muitas pessoas têm aos frutos-do-mar.

 

Disputa com outros setores

Vale destacar que os frutos-do-mar são concorridos por outros segmentos. Esses recursos encontrados podem ser utilizados para alimentação, combustível, construção e transporte. As larvas também têm proteínas que são aplicáveis na alimentação animal.

 

Os cadáveres das moscas não têm esses “concorrentes”. Os insetos adultos não são tão úteis nesse sentido e, muitas vezes, são descartados após o curto período de vida deles.

 

Próximos passos

A expectativa agora é de que os cientistas consigam criar bioplásticos como policarbonatos e poliuretanos a partir das moscas. Vale lembrar que, tradicionalmente, essa produção tem como base produtos petroquímicos.

 

O líder desse estudo, inclusive, já afirmou que vê potencial para uma cadeia renovável da produção dos bioplásticos. Nesse caso, os insetos comeriam resíduos de plástico como fonte de alimento e depois seria possível colher os componentes para fazer novos plásticos.

Daqui em diante, muitos profissionais devem ser consultados para seguir com esse projeto, como estudantes da faculdade de medicina veterinária e outros cientistas espalhados pelo mundo inteiro.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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