Cicatrizes elevadas e endurecidas podem ser tratadas e ganhar melhor aparência. Saiba mais sobre esse assunto.
Nosso corpo é como uma máquina perfeita que se autorregenera sempre que algo não vai bem. Se nos machucamos, por exemplo, automaticamente o organismo dá um jeito de tapar a ferida, deixando uma marca que chamamos de cicatriz.
No entanto, às vezes, essa marca acaba sendo mais perceptível do que gostaríamos e pode até comprometer a nossa aparência. Esse é o caso da cicatriz hipertrófica, que é maior e mais endurecida que uma marca convencional.
A grande questão é que esse tipo de cicatriz pode aparecer em situações indesejadas, como pós-cirurgia estética, tatuagem ou até furo na orelha. A boa notícia é que há tratamento de marcas na pele. Eles são bastante eficazes e resolvem o problema.
Pele marcada
São muitos os fatores que causam marcas na pele. Machucados, acne e cirurgias são alguns deles. Para que o corpo possa se curar e cicatrizar o machucado, leva um tempo, que pode variar de sete dias a seis meses, dependendo da profundidade da lesão. Normalmente, a cicatriz é como um risco discreto.
No entanto, algumas áreas do corpo podem ter uma cicatrização difícil por características específicas. Dobras (cotovelo e joelho), ombro e tórax são exemplos de locais complicados porque a pele se mexe com frequência. Panturrilha e costas têm derme esticada, o que também complica a união da pele e pode comprometer a aparência da cicatriz.
Sinais de alerta
Nenhuma parte corporal cicatriza da mesma forma. Então, é preciso ficar atento aos sinais que o corpo dá de que algo pode não estar certo no processo de cicatrização. Dor, coceira, vermelhidão, elevação e endurecimento são alguns indícios de que algo não vai bem. Se isso ocorrer, o dermatologista ou o cirurgião plástico deve ser visitado para a melhor orientação.
Tratamento
Uma cicatriz hipertrófica pode ser tratada de diferentes maneiras. Dependendo do estágio do processo cicatricial, da aparência da marca, do tipo e do tamanho da cicatriz hipertrófica, podem ser feitas desde massagens com cremes e pomadas específicas até a colocação de bandagens de silicone.
Outras técnicas incluem infiltrações de corticoide ou quimioterápico na cicatriz, apelando para a remoção cirúrgica do excesso de tecido. A cicatriz não some, mas pode melhorar a aparência (cor, textura, etc). Também é preciso seguir as orientações médicas para garantir que o processo de cura seja bem-feito.
Isso pode incluir, por exemplo, o uso de pomadas hidratantes ou silicone por um período específico, evitar a exposição solar, entre outras medidas. Se o paciente tem dúvidas se pode desenvolver uma cicatriz hipertrófica antes de realizar um procedimento, deve conversar com o médico e buscar orientação.
Por meio da anamnese e até histórico familiar, o profissional consegue prever se há chances de o paciente sofrer desse tipo de cicatrização.
Diferença entre queloide
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o queloide é um tipo de cicatriz hipertrófica, mas nem toda cicatriz hipertrófica é um queloide.
Diferente das cicatrizes elevadas e endurecidas, “os queloides crescem sem respeitar os limites da ferida original. Eles agem de modo como se não soubessem quando parar de gerar tecido novo”, informa a SBD.
Os pacientes com queloide podem apresentar dor, coceira e queimação na cicatriz, além de limitação de movimentos. Apesar de ser uma alteração benigna, o queloide traz sofrimento físico e emocional aos portadores.
O problema pode afetar pessoas de ambos os gêneros, sendo mais comum em mulheres. A etnia também faz diferença: pessoas de ascendência negra e asiática têm até 15 vezes mais chances de ter queloide.