23 de maio de 2024

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Caso Larissa Manoela: especialista explica o que é possível fazer em casos de má administração de patrimônio de menores

Imagem: A atriz Larissa Manoela em entrevista ao Fantástico | Reprodução

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Projeto de Lei já propõe mudanças na gestão de patrimônio de crianças e adolescentes

 

Nos últimos dias, o polêmico caso da gestão do patrimônio da atriz Larissa Manoela, realizada por seus pais desde sua infância, trouxe à luz um assunto pouco falado: o Direito Patrimonial de crianças e adolescentes. A atriz, que começou a trabalhar aos quatro anos de idade e hoje tem 22, expôs nacionalmente o controle exercido por seus pais sobre suas empresas, seu patrimônio e sobre a gestão de seus negócios e abriu mão de um patrimônio de R$18 milhões para evitar uma briga judicial familiar.

 

Com a repercussão nacional do caso, o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) elaborou o Projeto de Lei 3916/23, que estabelece diretrizes para a administração, gestão e proteção de patrimônio proveniente do trabalho artístico ou esportivo realizado por crianças e adolescentes em meios de comunicação e também na internet. O Projeto , que visa garantir que o patrimônio de menores de idade que seja protegido de exploração, má administração e abuso por parte dos tutores, propõe, por exemplo, que os responsáveis legais pelas crianças e adolescentes que já geram renda mesmo sendo menores de idade, registrem-se perante a Receita Federal, no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, para gerenciar o patrimônio delas e para que sejam obrigados a manter registros financeiros transparentes, que devem estar disponíveis para auditorias externas e para o Ministério Público.

O Projeto de Lei propõe ainda que haja um limite na movimentação do patrimônio das crianças e adolescentes que geram receita, estabelecido em 30% do valor total, determinando assim que a movimentação dos demais 70% seja feita pela própria criança ou adolescente quando atingirem a maioridade.

 

De acordo com o coordenador do curso de Direito do Centro Universitário UniMetrocamp Wyden, Luís Henrique Bortolai, a lei atual já prevê consequências à má gestão do patrimônio de menores, mas não da forma específica como propõe este novo Projeto de Lei: “A legislação classifica como absolutamente incapaz os menores de 16 anos e como relativamente incapaz os que têm entre 16 e 18 anos. Nos dois casos, é possível entrar com uma ação de Prestação de Contas, mediante o trabalho de um advogado, e o administrador pode ser trocado por outra pessoa quando se prova que a gestão está sendo feita de forma incorreta”, explica o professor.

 

Para os menores de idade que enfrentam problemas na gestão de seu patrimônio, uma outra opção é o processo de emancipação: “Se a pessoa é menor de idade, mas por decisão judicial ou por já ter renda e assim desejar, ela pode entrar com um processo de emancipação e se tornar maior de idade perante a legislação civil. Isso é muito comum entre jogadores de futebol que muitas vezes aos 16 ou 17 anos de idade são emancipados para que possam assinar contratos dos clubes como profissionais”, finaliza Bortolai.

 

Luís Henrique Bortolai, coordenador e professor do curso
de Direito do Centro Universitário UniMetrocamp Wyden

 

O Projeto de Lei 3916/23 tramita com outros três projetos similares na Câmara dos Deputados que serão devidamente analisados pelas comissões de Trabalho; de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

 

Sobre o Centro Universitário UniMetrocamp Wyden

O Centro Universitário UniMetrocamp Wyden é referência em educação com qualidade e inovação desde 2002, oferecendo aos alunos educação de padrão internacional, por meio de um corpo docente especializado, infraestrutura de nível mundial – com 29 laboratórios para os cursos específicos, de última geração, 15 laboratórios de informática, 05 clínicas de saúde, bibliotecas com acervo atualizado e salas de aula modernas – além de programas de suporte ao aluno (Care) e programas internacionais, como curso de inglês, intercâmbio e palestras com professores estrangeiros. Com 18 anos de experiência em Campinas/SP, a instituição investe constantemente para formar cidadãos profissionais com experiência de aprendizado internacional, capazes de suprir as demandas do mercado de trabalho, bem como atingir seus objetivos educacionais e de carreira.

 

Cursos e estrutura

O Centro Universitário UniMetrocamp Wyden possui 27 cursos de graduação e 38 cursos de Pós-Graduação nas áreas de Arquitetura, Comunicação, Design, Direito, Engenharia, Gastronomia, Gestão e Negócios, Saúde, Tecnologia e Educação. Com mais de 14 mil m² de infraestrutura de padrão internacional, a faculdade possui 29 laboratórios de cursos específicos, com equipamentos de última geração, 15 laboratórios de informática, 05 clínicas de saúde, 77 salas de aula modernas e equipadas com ar-condicionado e um auditório com capacidade para cerca de 250 pessoas.

 

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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