Modelos despontam no mercado europeu, prometendo potência e autonomia, e animam com seu desempenho sustentável
Que o uso da energia solar como fonte primária de energia elétrica tem se difundido mundo afora com grande sucesso, não é novidade. Através do uso de painéis fotovoltaicos, é possível obter energia limpa com custos que, em médio prazo, são facilmente revertidos. No entanto, o grande ganho é mesmo do planeta e do meio ambiente, já que representa menos interferência na fauna e flora e menos CO2 lançado na atmosfera.
O uso da luz solar substitui muito bem tanto fontes renováveis quanto não renováveis de energia. Além disso, a existência de usinas solares permite que, mesmo quem não possui placas solares, possa usufruir destes benefícios, através do compartilhamento desta produção. E o Brasil é um país agraciado, devido a grande incidência solar que sua localização geográfica permite.
Esse cenário positivo é um prato cheio para que novas tecnologias sejam bem vistas por aqui. Entre elas, o carro elétrico movido à energia solar tem tudo para ser uma grande promessa. Modelos como o alemão Sono Sion chacoalharam o mercado internacional com sua premissa: um carro revestido de painéis solares, cuja autonomia passa dos 240 km em condições climáticas ideais.
Anunciado como sendo maior e mais barato que alguns elétricos do mercado europeu, o carro possui 458 células espalhadas por toda sua superfície, o que inclui para-lamas, para-choques, capô e teto. No entanto, não dispensa a bateria e pode também ser recarregado na tomada. Mas o interessante é que sua função solar é capaz de gerar energia para recarregar outros elétricos ou mesmo voltar para as redes de energia.
Já um concorrente, o holandês Lightyear 0, vai além e promete 710 km de autonomia com somente uma carga. Ou, então, 35 quilômetros por dia, sem ao menos ser plugado na tomada, em condições climáticas não tão favoráveis. Em um lugar como o Brasil, esse tempo ultrapassa os seis meses. Sua placa solar é de cinco metros quadrados e perpassa capô, teto e porta-malas do modelo cupê.
No Sono Sion, as células são incorporadas aos polímeros, ao invés do vidro, tornando-o mais leve. Sua motorização chega a 163 cv de tração dianteira e faz de 0 a 100 em 9 segundos, números dignos de um esportivo. Sua bateria é de fosfato de ferro lítio e demora cerca de 30 minutos para ser recarregada em postos elétricos convencionais, caso as condições climáticas não sejam favoráveis.
A ideia de um carro sustentável é o que move ambas as empresas, o que inclui também pensar nos materiais usados na fabricação. O interior do Lightyear 0 é feito apenas com materiais reciclados e veganos, caso do couro sintético. Com o tempo, a ideia é tornar o carro mais acessível: o Sono Sion teve seu preço de venda divulgado por 29.900 euros, enquanto o Lightyear sairia a partir de 250.000 euros.
Ainda não há previsão de desembarque destes carros no Brasil nem no mercado europeu, devido a problemas técnicos e também financeiros. Porém nada impede que seja dado o primeiro passo aqui no uso da energia solar. Através de franquias de energia solar, é possível adentrar este mercado promissor, incorporando-o até mesmo aos carros elétricos, cada vez mais presentes nas ruas brasileiras.
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